Covid-19: pandemia altera tradição do Dia das Mães

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Famílias que estão levando o isolamento social a sério abrem mão de estarem fisicamente juntos e encontram na tecnologia uma maneira de amenizar a saudade

Considerada uma das datas mais especiais do calendário nacional, o Dia das Mães será comemorado neste domingo (10) de uma maneira bem diferente do habitual. Devido o isolamento social, que é uma das poucas e principais armas contra a pandemia do coronavírus, muitos filhos devem abrir mão do tradicional almoço em família, com direito a abraços calorosos e presentes às matriarcas. 

Apesar da saudade imposta pelo distanciamento físico, essa atitude é considerada pelos especialistas uma grande prova de amor – principalmente daqueles filhos que têm pais no grupo de risco. No entanto, o afastamento não precisa ser sinônimo de solidão e tristeza.

A tecnologia pode ser uma grande aliada neste momento, encurtando distâncias e permitindo que mães e filhos estejam conectados por meio de chamadas da vídeo, por exemplo. 

É assim que a arquiteta e urbanista, Akemi Nishimoto, 38 anos, pretende amenizar a saudade, não só da mãe como também da filha, de dois anos, que está em isolamento com os avós. “Minha mãe já tem 65 anos e, desde o início da quarentena, em março, que não estamos nos encontrando. Como ela que cuida da minha filha enquanto trabalho, optei por deixá-las juntas, para não ter risco de contaminá-la se ficássemos levando e buscando todos os dias”, revelou. 

Abrir mão do convívio com as duas, ainda que por cuidado e proteção com a saúde, não tem sido fácil. “Sempre fomos muito unidos e suportar essa situação tem sido complicada para todos. No domingo vamos fazer uma chamada de vídeo para que possamos amenizar a saudade, como já estamos fazendo nos outros dias”, ressaltou.

Dias melhores
Motivos para comemorar mais um Dia das Mães com muita alegria não faltavam para a família da confeiteira Mayara Kelly Ribeiro Silva, de 29 anos. Mãe de Davi, 5, há quatro meses ela deu a luz a tão esperada Ana Clara. 

Porém, diante do atual cenário, as avós e os tios só conseguem acompanhar o crescimento da bebê virtualmente. No domingo, infelizmente, a troca de afetos terá que ser apenas virtual. “Minha mãe mora sozinha, está evitando sair e levamos o isolamento social a sério. É um momento difícil para todos. No início desta semana, ela me perguntou o que faríamos no domingo, com esperança de que pudéssemos nos reunir, mas infelizmente, chegamos a conclusão de que a melhor opção é mantermos o isolamento”, afirmou.

E, assim como muitas outras famílias, Mayara também irá recorrer à tecnologia para ficar um pouco mais próxima da mãe. “Sempre tivemos a tradição de irmos à missa no domingo pela manhã, depois almoçarmos todos juntos e, à noite, íamos ao culto da igreja que frequento. Neste ano, o jeito vai ser fazer uma chamada de vídeo mesmo”, afirmou.

Consumidores estão cautelosos

Considerada a segunda principal data comemorativa pelo comércio, atrás apenas do Natal, as vendas no Dia das Mães sofrerão impactos devido à pandemia. Um levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 68% dos brasileiros pretendem presentear nesta data. O número é o menor dos últimos três anos, 2017 (73%), 2018 (74%) e 2019 (78%), reflexo da crise econômica causada pela Covid-19. 

A pesquisa aponta ainda que o consumidor brasileiro está cauteloso na hora de ir às compras. O percentual daqueles que esperam gastar mais ou a mesma quantia do último ano passou de 67% na pesquisa de 2019 para 40% em 2020, uma queda de 27 pontos percentuais.

De acordo com a pesquisa, a internet será ser o meio mais utilizado para as compras sendo citado por 53% dos entrevistados, seguida das lojas de rua/bairro (49%) e supermercados (18%). E o cenário pode se repetir em Betim.

Com 25 lojas espalhadas pelo país, a Mardelle Lingerie reabriu apenas em Betim e, de acordo com o proprietário Marcus Vinicius Ferreira Gonçalves, a expectativa é que, no melhor dos cenários, as vendas alcancem entre 50% e 70% do mesmo período do ano passado. 

“Nosso faturamento caiu muito, mas, em compensação, as vendas online quadruplicaram desde o início do isolamento social. Diariamente, temos uma média de 30 vendas no site. Estamos focados em realizar vendas padronizadas via whatsapp, onde o cliente pode ter uma experiência de compra parecida com a presencial”, afirmou.

Confira matéria do site O tempo

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