A única reação até o momento contra o absurdo e desrespeitoso despacho do ministro Celso de Mello partiu do Clube Militar.
Em nota duríssima, o general Eduardo José Barbosa disse que o decano tem “ódio” do governo Bolsonaro e dos militares e classificou a sua atitude da seguinte forma:
“A maior falta de habilidade, educação, compostura e bom senso, desejáveis em um Ministro de uma Alta Corte, é, no tocante à forma como trata todas as testemunhas arroladas para depor, considerá-las como se fossem bandidos da pior espécie.(…)Tratar autoridades de um outro Poder dessa forma leviana só demonstra o nível de Ministros do STF que temos em nosso País.(…) Podemos, sim, afirmar que existem engrenagens do sistema que estão atuando fora do contexto democrático. O referido despacho do Ministro, bem como outras interferências indevidas e omissões entre os Poderes, bem demonstram essa afirmação!”
Porém, os generais envolvidos no caso – Luiz Eduardo Ramos, Augusto Heleno e Braga Neto – ainda não se manifestaram, permanecem silentes.
O Palácio do Planalto também não se manifestou.
Paralelamente, o sistema judiciário prossegue fazendo exigências absurdas ao próprio presidente da República, como a exibição de seus exames. Algo pessoal, sigiloso, privativo do paciente, como reconhece o próprio Conselho Federal de Medicina.
Uma tentativa de humilhar o presidente. A palavra dele não vale nada. É o que quer demonstrar a determinação judicial.
Da mesma forma, o ministro Celso de Mello está a exigir que o Palácio do Planalto apresente o vídeo de uma reunião de ministros ocorrida no dia 22 de abril. Deu 72 horas para que o vídeo seja entregue.
A Advocacia Geral da União recorreu ao próprio Celso de Mello, para não entregar o vídeo porque o encontro pode ter tratado de “assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado, inclusive de Relações Exteriores, entre outros”.
O que vê é que o ministro está atônito e, realmente, como apontado pelo próprio Clube Militar, tem “ódio” do governo Bolsonaro e dos militares.
E é o blogueiro tucano Reinaldo Azevedo, que dá o tom do que pode vir a acontecer:
“É evidente que Mello vai recusar o pedido. E, se o vídeo não aparecer, o que se vai ver é um mandado de busca e apreensão no Palácio do Planalto.”
E o próprio Reinaldo Azevedo questiona:
“A quem interessa a bagunça?”
Eis a questão…
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