Ano passado, no Brasil, a gripe comum causou 1109 óbitos. 75% deles, mais de 800 casos, eram H1N1. De acordo com os defensores do “lock down”, então, ainda deveríamos estar em quarentena, desde 2009, já que o vírus da última praga Chinesa ainda está matando.
Vi, há pouco, o pronunciamento de Rodrigo Maia, dizendo que o presidente está sendo pressionado pelos investidores, que o fim da quarentena é uma exigência do mercado financeiro, dando a entender que Bolsonaro está priorizando os rentistas, em vez do “povão”.
É lógico que os rentistas não estão satisfeitos. Mas eles passam longe de ser o problema. Se os investidores tirarem o dinheiro do Brasil, teremos uma situação complicada. Fato. Mas nem se compara com o que será a quebra dos micro e pequenos empreendedores.
E, antes de qualquer coisa, vamos parar com essa ideia imbecil de que empreendedores são milionários. A maioria absoluta é gente comum, que acabou criando os próprios negócios por necessidade e trabalha sem férias, 13º ou qualquer garantia.
São estes, não as grandes redes, os que geram quase 60% dos empregos na iniciativa privada. São estes, não as multinacionais que criaram 75% das novas vagas formais, em 2019.
O “lock down” pode até gerar consequência nas grandes empresas, que demitem funcionários e continuam funcionando com capacidade reduzida, mas “mata” o restaurante da Dona Maria, a Vendinha do Seu Zé. São eles que não vão conseguir pagar funcionários, aluguel e boletos atrasados.
E não me venham com papo de “linha de crédito”. Só quem tem um negócio e sabe como é manter as portas abertas, matando um leão por dia e desviando das antas, conhece a impossibilidade de, além dos custos fixos, arcar com o pagamento de uma novo financiamento.
O que REALMENTE VAI MATAR, nessa histeria toda, é o DESEMPREGO, que gera fome, gera violência, gera depressão.
É ESTE O NOSSO PRINCIPAL INIMIGO.
Quem quer ficar em casa, que fique. Eu, particularmente, quero trabalhar.
“Ahh, mas e o COVID?”
Você é grupo de risco? Então fica em casa.
Não é? Então tome os devidos cuidados e vai cuidar da vida.
Eu tenho 32 anos. Nunca tomei um soro na vida, mas já quebrei uma vez.
Se tiver que escolher entre uma nova falência ou a Peste Chinesa, eu prefiro lamber o chão do hospital.
“Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje eu tenho certeza.” (WILDE, Oscar)
Felipe Fiamenghi
O Brasil não é para amadores.
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