Nicolás Maduro pediu dinheiro do fundo de emergência do fundo, FMI negou por ‘falta de clareza’ envolvendo o reconhecimento internacional do governo.
O líder da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu na terça-feira (17) ao Fundo Monetário Internacional (FMI) uma ajuda de US$ 5 bilhões para lidar com o novo coronavírus, solicitação já negada pela instituição financeira.
Em carta, Maduro pediu ao FMI que considerasse conceder a ele “um mecanismo de financiamento por 5 bilhões de dólares do fundo de emergência do Instrumento de Financiamento Rápido”.
Mas o FMI respondeu que “lamentavelmente o Fundo não está em condições de analisar a solicitação” diante da “falta de clareza” envolvendo o reconhecimento internacional do governo da Venezuela, revelou um funcionário da instituição financeira à AFP.
Os recursos, segundo Maduro, contribuiriam “significativamente para fortalecer nossos sistemas de detecção e resposta” diante da pandemia que até agora causou 33 pacientes na Venezuela.
Essa ajuda solicitada por Maduro ao FMI era a primeira feita pela Venezuela desde 2001. A última visita de uma missão técnica da agência a Caracas foi em 2004.
Coronavírus na Venezuela
O presidente do regime chavista, Nicolás Maduro, impôs nesta segunda-feira (16) quarentena para toda a Venezuela a partir de terça para combater a pandemia do novo coronavírus. Entretanto, ele não detalhou como funcionará a medida.
O país tem 33 casos de coronavírus, de acordo com estatísticas da universidade norte-americana Johns Hopkins.
Fronteira com o Brasil
O presidente Jair Bolsonaro anunciou na terça-feira (17) o fechamento parcial da fronteira do Brasil com a Venezuela, em Roraima, como medida para conter o avanço do novo coronavírus. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União no início da madrugada desta quarta (18).
A medida foi oficializada após o governador de Roraima, Antônio Denarium (PSL), solicitar ao governo federal o fechamento da fronteira do estado com a Guiana e a Venezuela em razão da pandemia de coronavírus. Denarium disse haver um “risco efetivo” de circulação do vírus na fronteira, o que poderia agravar a crise na saúde pública estadual.
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