Vendedor ambulante Homem improvisa sacola plástica como máscara para se proteger da pandemia de coronavírus, em São Paulo.| Foto: Nelson Almeida/ AFP
Primeira morte em decorrência do coronavírus no Brasil foi em São Paulo. Era um senhor de 62 anos que já tinha doenças prévias, como diabetes e hipertensão. Provavelmente, as defesas dele já estavam enfraquecidas pelos remédios que ele precisa tomar.
A gente tem que se cuidar, não resta dúvida, mas é bom lembrar que a China já saiu dessa e está controlando a doença. Por mais que agora o país asiático esteja comprando ações mais baratas, ele também perdeu bastante.
As vendas a varejo na China despencaram 20,5%, a produção industrial caiu 13,5% e os investimentos caíram 24,5%. Mas o mais importante, o país teve 3,8 mil mortes e 80 mil casos para 1,4 bilhão de chineses.
Inclusive teve o caso de uma senhora de 103 anos, que contraiu o coronavírus e saiu faceira do hospital, já está em casa. Então, há esperança. A Itália está em uma situação pior porque tem 60 milhões de habitantes e já está com 28 mil casos, com 2,2 mil mortes.
Quarentena forçada, se for o caso
No Brasil saiu a regulamentação daquela lei emergencial feita para trazer os brasileiros de Wuhan para o Brasil e deixá-los confinados na base aérea de Anápolis (GO). Era preciso uma lei para que os direitos e garantias individuais fossem aplicados.
Agora a lei foi regulamentada por uma portaria. Nela, fica claro que, se houver recomendação médica, a pessoa tem que ficar em quarentena e, se preciso, será usada força policial.
Uma boa ideia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que irá injetar R$ até 147 bilhões na economia para o combate ao vírus. Na prática, isso significa mais UTIs. A decisão faz parte da medida emergencial anunciada na segunda-feira (16).
A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), talvez para dizer que os políticos também precisam ceder, protocolou um projeto de lei para que os fundos eleitoral e partidário sejam destinados ao combate ao coronavírus. A soma dos dois fundos é de R$ 3 bilhões.
Sem pânico, por favor
Osmar Terra, ex-ministro da Saúde e da Cidadania, médico e atualmente deputado federal, combateu o H1N1, em 2009, e recomenda que não se assuste a população porque, para ele, isso causa problema. A declaração foi feita pelo Twitter.
Ele continuou dizendo que causar pânico traz mais repercussão, mas que é necessário informar corretamente, conforme recomendações científicas à população. Outra medida, segundo o deputado, é controlar o contágio.
Terra também disso que o exagero do noticiário causa pânico e é bom lembrar que essa crise sanitária não é diferente das outras pelas quais o país já passou sem precisar manter ninguém em quarentena.
A gripe suína (H1N1) tem vacina, mas mesmo assim matou 1.109 brasileiros e não houve essa barulheira todo que está prejudicando a atividade econômica. Espero que todos tomem as atitudes necessárias recomendadas pelas autoridades da saúde para evitar a disseminação do coronavírus.
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