O adjetivo mais relevante sobre o fenômeno Bolsonaro é: inédito. Ninguém vai te contar que nunca se viu isso antes na história brasileira. Nem a imprensa, nem os professores de História. Em tempos democráticos, desconheço um líder nacional com uma militância fervorosa como a que ele tem, a despeito de toda a campanha midiática contra o governo que ele comanda e que tantos interesses contrariou.
O professor Olavo de Carvalho há muitos anos alertava que, no dia que um líder conservador despontasse no Brasil, ele seria imbatível. Mas o líder conservador não existia, não aparecia. Foi então que o povo escolheu Bolsonaro, fez dele candidato e o carregou nos braços até o poder.
Você pode apoiar ou não o governo de Jair Bolsonaro, mas é forçoso reconhecer que estamos diante de uma força política de natureza bem diferente das que sempre tivemos acostumados. Bolsonaro não é mais uma promessa, ele é governo. Mas o apoio popular não arrefece e o povo compra seu barulho.
Por duas vezes em menos de quinze meses de governo o povo já foi maciçamente às ruas. Neste 15/03, só não tivemos uma presença de uma massa humana colossal nas ruas porque ela foi desmobilizada dias antes por um pedido do próprio Presidente. Mas, mesmo assim, milhares de populares insistiram e foram manifestar seu apoio ao governo.
O ineditismo de uma manifestação popular em apoio a um líder exercendo o poder já impressionava. O que estamos acostumado a ver são manifestações contrárias a líderes já eleitos. Não bastasse o que vimos no ano passado, esse ano voltou a acontecer, mesmo com a desmobilização provocada pelo próprio “homenageado”.
Também impressiona que no ano passado a manifestação era de apoio à reforma da Previdência, pauta que sempre mobiliza os povos contrariamente.
O melhor dessa história para nós conservadores é que este fenômeno está longe de ser compreendido pelos inimigos, que insistem na narrativa do fascismo, do autoritarismo e outras bobagens que a realidade já cansou de desmentir. Além disso, na tradição universitária brasileira, impregnada de marxismo, não existem ferramentas intelectuais para entender o que está acontecendo.
Melhor para o Brasil. Todavia, o jogo baixo continuará e cada vez mais baixo. A grande imprensa que já tentou de tudo, dobrará a aposta já que a credibilidade perdida torna inviável sua sobrevivência sem dinheiro público. Não há escolha. Todos os demais atores do establishment também não pouparão esforços os mais vis que estiverem ao alcance.
Essa união do povo com Bolsonaro é a chance do Brasil seguir outro caminho. O caminho da tolerância, do progresso, do desenvolvimento, do primado do interesse público, da transparência, do combate à corrupção, da justa e proporcional punição aos malfeitos, do império da Lei, do respeito às religiões, do combate às ideias totalitárias, da liberdade econômica, do abandono dos propósitos revolucionários, da prudência e, sobretudo, o caminho da paz.
(Texto de Thiago Rachid)
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