Ação da Lava Jato que prendeu Astério tem 15 denunciados e bloqueio de R$ 816 milhões

Delegados dão detalhes da prisão do ex-secretário Nacional de Justiça

Segundo o MPF, eles são suspeitos do pagamento de propina a conselheiros do TCE-RJ. Além do ex-secretário nacional de Justiça, outras 8 pessoas foram presas.

A força-tarefa da Lava Jato no Rio que levou à prisão o ex-secretário nacional de Justiça Astério Pereira dos Santos, nesta quinta-feira (5), denunciou ele e outras 14 pessoas. Todos são suspeitos de envolvimento em esquema de pagamento de propinas a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

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Dos 15 denunciados, 9 tiveram mandado de prisão decretado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal. Até as 15h20, só um não havia sido cumprido .

Segundo o Ministério Público Federal, foram beneficiadas as empresas Denjud e JB Alimentação em contratos com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), na época comandada por Astério, que foi secretário da pasta. O valor da propina chegava a 15% do que cada empresa recebia, segundo a denúncia.

A operação recebeu o nome de “Titereiro”, que é aquele que controla marionetes, só movimentando os cordões, sem nunca aparecer. Segundo os procuradores, essa era a função de Astério na organização criminosa.

Ex-secretário nacional de Justiça é suspeito de ajudar na fuga do empresário 'Rei Arthur'

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Ainda de acordo com o MPF, o grupo faz parte da organização criminosa comandada por Cabral, já preso e condenado pela Lava Jato.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em pelo menos 31 endereços. O MPF pediu o bloqueio de R$ 140 milhões dos denunciados e de mais R$ 676 milhões de cerca de 31 pessoas jurídicas suspeitas de participação no esquema.

  1. Astério Pereira dos Santos, ex-secretário Nacional de Justiça (prisão preventiva)
  2. Carlson Ruy Ferreira, empresário (prisão preventiva)
  3. Danilo Botelho dos Santos, filho de Astério, advogado (prisão temporária)
  4. Vinícius da Silva Ferreira, empresário (prisão preventiva)
  5. Viviane Ferreira Coutinho Alves, advogada (prisão preventiva)
  6. Pedro Navarro César, advogado (prisão temporária)
  7. Thiago Bustamante Fontoura, advogado (prisão temporária)
  8. Marcelo da Silva Pereira, empresário (prisão preventiva)
  9. Josemar Pereira (denunciado)
  10. Leandro Botelho dos Santos (denunciado)
  11. Glauco Botelho dos Santos (denunciado)
  12. Carla Liliane da Costa Navarro (denunciado)
  13. Luci Mara Ferreira Leite (denunciado)
  14. Vinícius Ruas de Andrade (denunciado)
  15. Adilson Coelho de Souza Filho (denunciado)

Em nota, Fernando Augusto Fernandes, advogado de Astério, afirmou que ele vai provar que a denúncia “parte de informações inverídicas”.

“Astério Pereira dos Santos manteve vida exemplar tendo prestado enorme serviço à sociedade como oficial, procurador de Justiça e secretário de Justiça. Ele acredita na Justiça e tem segurança que com os esclarecimentos prestados o processo provará que a denúncia parte de informações inverídicas. Importante ressaltar que a denúncia do Ministério Público não precedeu de nenhuma investigação anterior da Polícia Federal e foi ato exclusivo do MP sem bases probatórias”, diz o texto.

G1 ainda não conseguiu contato com a defesa dos outros citados.

Confira matéria do site G1.

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