Carlos Newton
Conforme publicamos nesta segunda-feira (dia 2), com absoluta exclusividade, o procurador da República Paulo Henrique Ferreira Brito, acolhendo decisão do juiz Gustavo Pontes Mazzocchi, da 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, já encaminhou à Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro o inquérito criminal aberto contra os empresários Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, os três irmãos que são sócios controladores da Organização Globo.
Os herdeiros do jornalista Roberto Marinho estão sendo investigados por falsidade ideológica e crimes contra a ordem tributária e as telecomunicações, que teriam sido cometidos em negócios envolvendo a Rede Globo.
EMPRESAS DE FACHADA – O ponto central do inquérito é o uso de diversas “empresas de fachada”, criadas pelo advogado paulista Eduardo Duarte na categoria de sociedades anônimas e sem objetivo definido, com capital de apenas R$ 1 mil reais cada uma delas.
Essas “empresas de papel”, foram usadas pelos irmãos Marinho, sem prévia aprovação governamental. E uma delas, a Cardeiros Participações S/A, que sucedeu a uma outra “empresa de fachada, a 296 Participações S/A, ambas com o surpreendente capital de apenas R$ 1 mil, passou a ser controladora da poderosa holding Globopar (Globo Comunicação e Participações S/A). cujo capital já era superior a R$ 5,5 bilhões.
COMO ACOMPANHAR – Para acompanhar o inquérito, que não está submetido a sigilo judicial, basta entrar no site do Ministério Público Federal (mpf.mp.br), depois clicar em “Portal da Transparência”, na parte inferior da página inicial. Em seguida, acessar “Consulta Processual) e depois indicar o nº do processo 5096780-78.2019.4.02.5101, originário de São Paulo e que foi transferido para a 2ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, porque a sede da Rede Globo fica nesta cidade.
Em seguida, clica-se sobre número do processo, que aparece em vermelho, e o resultado será a informação de que na última sexta-feira, dia 28 de fevereiro, os autos foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, para o prosseguimento do inquérito.
P.S. – A Organização Globo e seus três controladores, os irmãos Marinho, estão sendo investigados também pela Receita Federal, porque as autoridades acreditam que o uso de “empresas de fachada” teve objetivo de sonegar impostos. E não é de hoje que os donos da Organização Globo vêm aplicando golpes bilionários para evitar pagamento de tributos e maquiar as contas da empresa. Em uma dessas jogadas criminais de engenharia financeira, uma dívida superior a R$ 2 bilhões foi transformada em crédito de mais de R$ 300 milhões. Vamos voltar ao assunto, é claro. (C.N.)
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