Após dois anos consecutivos crescendo 1,3%, a economia brasileira avançou um pouco menos em 2019, primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% no ano passado, informou na manhã desta quarta-feira (4) o IBGE. Ao todo, o país produziu R$ 7,257 trilhões em riquezas.
Na divisão por setores, agropecuária e serviços cresceram, ambos, 1,3% em relação a 2018. A indústria avançou 0,5%.
Sob a ótica da demanda, a melhor notícia veio dos investimentos produtivos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que cresceu 2,2%. Uma alta do investimento é positiva porque costuma levar a crescimentos maiores da economia mais adiante.
O consumo das famílias aumentou 1,8%, ao passo que as despesas do governo diminuíram 0,4% no ano.
Resultados trimestrais
No quarto trimestre de 2019, o PIB cresceu 0,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior, resultado que ficou em linha com a mediana das estimativas dos analistas, que previam alta entre 0,3% e 0,8%.
Na comparação com o quarto trimestre de 2018, o PIB apresentou alta de 1,7% no quarto trimestre de 2019, vindo dentro das estimativas, que variavam de uma alta de 1,1% a 2,1%, com mediana de alta de 1,6%.
A reação do governo
Em nota sobre o PIB de 2019, o governo disse que a economia brasileira passa a “mostrar dinamismo independente do setor público”.
Segundo o Ministério da Economia, eventos do primeiro trimestre do ano passado – a tragédia de Brumadinho, a crise na Argentina e intempéries climáticas – prejudicaram a recuperação do crescimento.
Mas em seguida, diz a nota, houve uma aceleração da economia no segundo semestre, com aumento consistente do crescimento do PIB privado e do investimento privado. Diz, ainda, que foi o melhor segundo semestre desde 2013.
O ministério destaca, também, um aquecimento nos indicadores de trabalho e de crédito no setor privado. Por fim, a pasta termina a nota dizendo que agenda de reformas “consolidando o lado fiscal e combatendo a má alocação de recursos mostra ser a estratégia adequada, e sua continuidade é fundamental para a consolidação da retomada da economia”.
Colaborou Jéssica Sant’Ana, correspondente em Brasília
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