Com anuência de Bolsonaro, EUA retomam voos fretados para deportar brasileiros

Chuva causa alagamentos e deslizamentos na cidade de São Vicente (SP), nesta segunda-feira (2) Foto: DAURA MENEZES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/PAGOS

Cidade mais afetada é o Guarujá. Bombeiros falam em 44 desaparecidos. Já a Defesa Civil, diz que há duas pessoas ainda não localizadas

As chuvas fortes que atingem a região da Baixada Santista desde a tarde de segunda-feira, 2, já provocaram ao menos 11 mortes nas cidades de Guarujá, Santos e São Vicente, segundo a Defesa Civil do Estado. No entanto, o número de desaparecidos é conflitante. Os bombeiros falam em 44 pessoas desaparecidas, 32 delas no Guarujá. Mas a Defesa Civil afirma que são duas pessoas não localizadas. As informações dos bombeiros foram repassadas pelo tenente André Elias.

O principal local com registro de mortes até o momento é o Guarujá, com sete óbitos no Morro do Macaco Molhado e no Jardim Centenário, de acordo com a Defesa Civil. Com isso, a prefeitura da cidade decretou estado de emergência. Pelo menos duzentas pessoas estão desabrigadas no município. Na manhã desta terça, o prefeito Valter Suman (PSB) sobrevoou as áreas mais atingidas junto com o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Walter Niakas Júnior.

Em entrevista à Rádio Eldorado, o coronel Endel Ricardo Pereira, diretor de operações da Defesa Civil estadual, confirmou que entre as vítimas estão dois agentes do Corpo de Bombeiros. Eles participavam de uma operação de resgate no Morro do Macaco Molhado e foram atingidos por um novo deslizamento, que deixou um deles morto, enquanto o outro continua soterrado.

Também há duas vítimas fatais em São Vicente e uma em Santos. O órgão ainda atenta para o risco de raios nessas três cidades e recomenda que a população buque abrigo, pelo menos até 13h desta terça.

Em Santos, a prefeitura decretou estado de atenção. A vítima, uma mulher de 30 anos, morreu soterrada em um deslizamento no Morro do Tetéu. O Corpo de Bombeiros resgatou com uma criança atingida por deslizamento no Morro do Fontana. Ela foi levada para a Santa Casa e continuava internada em estado estável.

Em Santos, os deslizamentos atingiram ainda os morros Santa Maria, São Bento, Vila Progresso e Monte Serrat – muitos moradores abandonaram as casas. A prefeitura distribuiu lonas plásticas para moradores de imóveis afetados. A Secretaria de Educação suspendeu as aulas em unidades de ensino devido às dificuldades de acesso. A escola Terezinha de Jesus Pimentel, no Morro de São Bento, está funcionando como ponto de acolhida para os desabrigados.

Dados do Núcleo de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil do Estado indicam que o acumulado nas últimas 12 horas de chuvas foi de 282 mm no Guarujá, 218 mm em Santos, 170 mm em Praia Grande, 169 mm em São Vicente, 160 mm em Mongaguá , 132 mm em Mongaguá, enquanto o acumulado foi de 110 mm Itanhaém e Bertioga.

Foram registradas ao menos quatro quedas de barreiras ao longo da Rodovia Doutor Manuel Hipólito Rego, em dois pontos da SP 055 (Rio-Santos) e outros dois da SP 061 (Guarujá-Bertioga), de acordo com informações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O VLT da Baixada Santista também amanheceu paralisado nesta manhã, após deslizamento de terra próximo ao túnel que faz a ligação entre Santos e São Vicente.

Sistema Anchieta Imigrantes e Cônego Domenico Rangoni
Por volta das 11h30, o motorista também enfrentava congestionamento na Rodovia Anchieta, no sentido do litoral, do km 33 ao 40. Também havia tráfego lento do km 64 ao 65. Segundo a Ecovias, o motivo era apenas o excesso de veículos. Mais cedo, queda de barreira – provocada pelas fortes chuvas – interditou a via. Ainda havia congestionamento na Rodovia Cônego Domenico Rangoni, no sentido do litoral norte, do km 263 ao 268, região que também foi interditada mais cedo por queda de barreira. Em razão de neblina, a Interligação Planalto, no sentido da Imigrantes, também permanecia interditada entre o km 1 e 8, no fim da manhã desta terça-feira.

Em sua conta oficial no Twitter, o governador João Doria prestou sua solidariedade às vítimas do temporal. Doria chegou no final da manhã a Santos para uma reunião de emergência com os prefeitos das cidades atingidas pelas chuvas. Na prefeitura de Santos, além do prefeito da cidade, Paulo Barbosa (PSDB), Doria vai conversar também com os prefeitos de Guarujá e São Vicente. Os gestores apresentarão ao governador um balanço da tragédia causada pelas chuvas na região.

A previsão para esta terça-feira, 3, é de chuva moderada a forte ao longo do dia em todo o litoral paulista, incluindo a região da Baixada Santista, e deve se estender até a madrugada de quarta. De acordo com a equipe da Defesa Civil, o temporal foi causado devido à formação de uma área de baixa pressão no litoral de São Paulo e a circulação dos ventos nos altos níveis da atmosfera.

Confira abaixo algumas imagens e vídeos dos estragos causados pela chuva e postados em redes sociais:

https://twitter.com/MahJcxl/status/1234741167947964417?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1234741167947964417&ref_url=https%3A%2F%2Fsao-paulo.estadao.com.br%2Fnoticias%2Fgeral%2Cna-baixada-santista-chuva-forte-deixa-ao-menos-nove-mortos-afirma-defesa-civil%2C70003217937
https://twitter.com/carlos250869so1/status/1234780166309793792?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1234780166309793792&ref_url=https%3A%2F%2Fsao-paulo.estadao.com.br%2Fnoticias%2Fgeral%2Cna-baixada-santista-chuva-forte-deixa-ao-menos-nove-mortos-afirma-defesa-civil%2C70003217937

Confira matéria do site Estadão.

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