Sexta-feira, 3, às 9h40, as águas do Rio São Francisco começaram a descer, por gravidade, desde a barragem de Negreiros em direção à de Milagres, ambas na geografia do vizinho Estado de Pernambuco. No fim de março, a barragem de Milagres estará cheia. Quando estiver vertendo, ela transferirá a água, também por gravidade, para a barragem de Jati, no Ceará, a partir da qual tomará o caminho para o açude Castanhão, seu destino final, onde deverá chegar – se Deus ajudar – em julho. A boa notícia que esta coluna colheu ontem de uma fonte da Secretaria de Recursos Hídricos é que a terceira bomba da estação elevatória do Canal Norte do Projeto São Francisco de Integração de Bacias – localizada no meio do sertão da pernambucana Salgueiro – entrará em operação ainda neste mês de janeiro. Essa operação, revelou a fonte, ampliará a vazão do canal para até 15 metros cúbicos por segundo. Se, em março, as chuvas estiverem caindo sobre o Sul e o Centro-Sul do Ceará e se o leito do Rio Salgado estiver encharcado, evitando a infiltração, a viagem das águas do São Francisco até o Castanhão será muito mais rápida, sendo possível que no fim de maio elas cheguem ao Castanhão. Há uma pergunta ainda sem resposta: quem pagará a conta de energia do Projeto S. Francisco, já estimada em R$ 100 milhões por ano? Resposta: o consumidor final, ou seja, todos nós.
Rede Assaí
Controlada pela multinacional francesa Casino, que é dona também do Extra e do Pão de Açúcar, a rede de supermercados Assaí – com oito lojas no Ceará – já tem um quadro de 40 mil funcionários no Brasil, onde opera em 19 estados e no Distrito Federal. Em São Paulo, sede brasileira do Grupo, a rede Assaí tem 72 lojas. No Nordeste, além do Ceará, ela tem 12 lojas na Bahia e sete em Pernambuco. A rede Assaí atua no ramo do atacarejo, um mix de atacado e varejo com muito sucesso no Nordeste.
Perdeu!
Festa no Rio Grande do Norte, que desbancou o Ceará da posição de líder brasileiro das exportações de frutas. Segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), o vizinho Estado exportou, no ano passado, o equivalente a R$ 158 milhões. A Bahia ficou em segundo lugar com R$ 149 milhões. Em terceiro, o Estado de Pernambuco com R$ 146 milhões. Só em quarto aparece o Ceará, com R$ 143 milhões. Em quinto, São Paulo, com R$ 111 milhões. Esta coluna ouviu o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (Abrafrutas), Luís Roberto Barcelos, que é também sócio e diretor de produção da Agrícola Famosa, maior produtora e exportadora de melão do País. Ele disse: “Nossas exportações (da Agrícola Famosa) foram feitas – meio a meio – pelo Porto do Pecém e pelo Porto de Natal. Mandamos para o exterior, cheios de melão, sete mil contêineres – sendo 3.500 pelo Pecém e 3.500 por Natal”.
Defensivos
Segundo a FAO – o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação – o Brasil é só o 44º maior usuário global de agrotóxicos. Considerando o critério de consumo pela produção, o Brasil está em 58º lugar, com 0,28 quilo de agrotóxico por tonelada de produtos agrícolas. Aqui, o uso de defensivos agrícolas é influenciado pela ocorrência de duas e até três safras (cultivos de inverno e safrinha). No Brasil, de clima tropical, é preciso usar defensivos para o controle das pragas. Nos países de clima temperado, o frio inativa as pragas. Mas é preciso que os governos federal e estaduais prestem assistência técnica ao pequeno produtor, ensinando-lhe a usar corretamente o defensivo.
Juro baixo
Quem tem alguma poupança deve fazer o que neste cenário de juros baixíssimos? Doutor em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor da Uece, conselheiro do Cofecon e assessor da diretoria da Fiec, o economista Lauro Chaves Neto, responde: “Primeiro, haverá um aprendizado entre os investidores sobre a regra básica das finanças: a relação risco x retorno. Segundo, os que desejam rendimentos acima da média procurarão alternativas com elevado risco (Bolsa, renda variável, por exemplo), colocando seu capital em jogo. Já os que se contentam com o retorno médio devem fazer a opção por alternativas mais seguras (renda fixa, títulos públicos, por exemplo)”. Lauro Chaves Neto explica que o novo cenário põe o Brasil “na era da racionalidade financeira”. O cenário de juro baixo não é novidade (no Japão, o juro é negativo). “Adaptemo-nos, pois, a essa novidade”, sugere Lauro.
Prêmios
Amanhã, 7, em sua sede na Rua 25 de Março, a CDL Fortaleza fará o sorteio da campanha Natal de Prêmios. Serão sorteados uma casa, um caminhão de prêmios e uma moto Yamaha.
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