Tóquio entra em 2020 com estreia do principal palco dos Jogos Olímpicos

Visão geral interna do novo estádio Olímpico de Tóquio, logo antes de receber a disputa da Copa do Imperador em 1º de janeiro de 2020 Foto: Kimimasa Mayama / EFE

Estádio que receberá as cerimônias de abertura e de encerramento, além de futebol e atletismo, tem evento-teste

Tóquio entrou em 2020 promovendo o primeiro evento esportivo do Estádio Olímpico, palco principal dos Jogos e que receberá as cerimônias de abertura, encerramento, disputas de atletismo e partidas de futebol, inclusive na Paralimpíada. Em campo, o Vissel Kobe de Andrés Iniesta, David Villa e Lukas Podolski ganhou do Kashima Antlers por 2 a 0 e foi campeão da Copa do Imperador. O evento-teste foi um sucesso e o principal cartão-postal da Olimpíada de Tóquio entrou na contagem regressiva.

Com capacidade para 68 mil espectadores, o Estádio Olímpico começou a ser construído em 1.º de dezembro de 2016 e ficou pronto em 30 de novembro passado. Mais de 1,5 milhão de pessoas estiveram envolvidas nas obras da instalação esportiva, que teve um custo final de 156,9 bilhões de ienes (cerca de R$ 5,8 bilhões), abaixo do orçamento previsto de 159 bilhões de ienes (R$ 5,88 bilhões).

Anteriormente havia um projeto inicial futurístico para o estádio, mas o valor orçado em 252 bilhões de ienes (R$ 9,32 bilhões) fez com que milhares de críticas da população chegassem ao Comitê Organizador de Tóquio-2020. Em julho de 2015, Shinzo Abe, primeiro-ministro do País, ordenou que essa situação fosse revista e em dezembro daquele ano foi escolhido o desenho do arquiteto Kengo Kuma.

Esse imbróglio fez com que a construção atrasasse mais de um ano, fazendo com que o local não ficasse pronto para ser utilizado na Copa do Mundo de Rúgbi, que foi disputada no ano passado no Japão. E o desafio era construir algo que pudesse substituir o antigo Estádio Nacional, que foi demolido após fazer parte da história do esporte mundial, como quando recebeu a Olimpíada de 1964.

Na lembrança de muito torcedor brasileiro, o Estádio Nacional de Tóquio é marcante por ter sido o palco de diversas finais do Mundial Interclubes de futebol. Foi lá que Flamengo (1981), Grêmio (1983) e São Paulo (1992 e 1993) conquistaram seus maiores títulos. Depois, quando a Fifa assumiu a competição, as finais no Japão ocorreram em Yokohama.

“O original Estádio Nacional foi usado como o principal palco nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, e por meio século foi o local histórico de diversos eventos esportivos no Japão. Foi também um legado para o nosso país, um espaço no centro de Tóquio que a população se reunia todas as semanas”, comentou Toshiro Muto, CEO de Tóquio-2020.

A abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio está marcada para 24 de julho e o encerramento será em 9 de agosto. Já a Paralimpíada começa em 25 de agosto e vai até 6 de setembro. Ambos os eventos terão um palco icônico e que meses antes já está pronto. Um dado importante é a localização na capital japonesa, pois a arena está servida por seis estações ferroviárias ou de metrô, que permitirá ao público chegar bem próximo ao local por transporte público.

A concepção de Kengo Kuma para o Estádio Olímpico demonstra uma preocupação com a consciência ambiental e a estrutura é feita de madeira e utiliza muita vegetação para melhorar o conforto térmico. A cobertura foi construída com vigas de aço e madeira laminada. No interior, as arquibancadas possuem três níveis, mas os assentos foram dispostos com inclinação suficiente para não haver ponto cego para o torcedor.

Para o arquiteto Kuma, o Estádio Olímpico é como uma “árvore viva”, por causa de suas madeiras e da fachada coberta por plantas. Na parte externa do piso superior, inclusive, haverá uma passarela que terá árvores em seu entorno e possibilitará uma linda vista da paisagem urbana de Tóquio. Só para se ter uma ideia, o terreno do estádio terá mais de 47 mil árvores de pequeno e médio porte.

“A inauguração do Estádio Olímpico nos mostra o quanto estamos perto da abertura dos Jogos de Tóquio. Agora já começamos a imaginar os atletas de todos os países desfilando na cerimônia de abertura, quando os olhares do mundo inteiro estarão neste palco icônico”, comentou Toshiro Muto.

Confira matéria do site Estadão.

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