Polícia Civil de Itu (SP) chegou à propriedade onde os cachorros estavam após denúncia. Peruano flagrado em rinha de cães em Mairiporã (SP) havia alugado o local.
A chácara de onde foram resgatados 33 cachorros da raça pit bull em Itu (SP) tinha equipamentos e substâncias para o treinamento dos animais, segundo a polícia. A retirada dos cães por entidades, na região do Chácaras Reunidas Ipê, terminou depois de 17 horas de trabalho.
De acordo com a Polícia Civil, foram encontradas uma esteira adaptada, uma piscina vazia e um espaço onde seriam realizadas as rinhas, além de frascos de anabolizantes.
Participaram da força-tarefa voluntários e representantes de ONGs de várias cidades da região de Sorocaba (SP) e da Grande São Paulo.
De acordo com a polícia, foram encontrados indícios de que os cachorros eram alimentados com restos dos outros animais mortos que eram criados na propriedade, como bodes e gambás. Os animais silvestres também foram retirados da área.
A veterinária Patrícia Daut, presidente da ASPA Itu, foi até a chácara e identificou situação de maus-tratos. A maioria, segundo ela, estava magra e doente.
Segundo uma pessoa que trabalha no local, a área estava sob responsabilidade de um dos peruanos presos em uma operação que fechou uma rinha internacional, em Mairiporã (SP). A defesa dele não foi localizada para falar sobre o caso.
Denúncia
Na tarde de segunda-feira (16), uma denúncia anônima informou que os animais estavam sendo retirados da propriedade depois da ação que prendeu 41 suspeitos.
Vídeos mostram que os animais ficavam espalhados e acorrentados em espaços separados. Como algumas casinhas estavam vazias, a polícia suspeita que eles estavam sendo retirados do local.
A perícia foi acionada e imagens de câmeras de segurança devem ajudar a polícia na investigação sobre a movimentação no endereço.
Em nota enviada à TV TEM, a prefeitura afirmou que o local não tem registro para funcionamento.
Operação
A Polícia Civil do Paraná informou na segunda-feira que 41 pessoas foram presas na operação. Equipes foram até a rinha em Mairiporã na noite de sábado (14).
No momento em que os policiais invadiram o local, ainda segundo a investigação, houve resistência por parte dos suspeitos. As apostas eram feitas pessoalmente e também pela internet. Ao todo, foram apreendidos R$ 47 mil.
Dos que foram presos, apenas o suspeito de organizar o evento teve a prisão mantida pela Justiça após audiência de custódia no Fórum de Guarulhos (SP) na segunda-feira.
Entre os detidos que foram liberados estão o veterinário e o médico, que, segundo a Polícia Civil, eram responsáveis por reanimar os cães machucados durante as lutas.
Os quatro estrangeiros que foram presos em flagrante tiveram a soltura decretada mediante pagamento de fiança. Eles também ficaram proibidos de deixar o Brasil e devem entregar seus passaportes.
Os suspeitos podem responder por associação criminosa, maus-tratos contra animais com agravante de morte e jogo de azar.
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