No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 1,05%, a R$ 4,0327, menor valor desde 21 de agosto.
O dólar opera em queda nesta quinta-feira (24), caindo abaixo de R$ 4 pela 1º vez em mais de 2 meses, após a aprovação da reforma da Previdência, e agora com as atenções voltadas para a finalização do julgamento da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância no STF, em dia de cena mais positiva no exterior.
Às 10h21, a moeda norte-americana caía 0,59%, vendida a R$ 4,0089. Na mínima até o momento, chegou a R$ 3,9989. Foi a primeira vez desde 19 de agosto (R$ 3,9911) que o dólar caiu abaixo de R$ 4. Veja mais cotações.
O dólar turismo era negociado a R$ 4,1867, sem considerar o IOF (tributo).
Na véspera, a moeda norte-americana recuou 1,05%, a R$ 4,0327, dia que ficou marcado pela conclusão da votação da reforma da Previdência no Senado.
Perspectiva de ingresso de dólares
A perspectiva de fluxo positivo tem ajudado a pressionar a cotação da moeda americana, que renova sucessivas mínimas. A expectativa com os ingressos do megaleilão do pré-sal também colabora para o cenário de recuo do dólar.
Para Fabrizio Velloni, sócio e diretor da mesa de câmbio da Frente Corretora, o dólar deve voltar a operar na banda entre R$ 3,90 e R$ 4,00 até o final do ano, segundo o ValorOnline. Para ele, o dólar está supervalorizado desde agosto e, com a melhora do exterior e sinalização de que a economia pode começar a retomar, abriu-se uma janela.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permanece em R$ 4 por dólar, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2020, avançou de R$ 3,95 para R$ 4 por dólar.
Há muito tempo no radar do investidor, a aprovação da reforma da Previdência não teria muito mais o que influenciar o mercado. Em notas divulgadas na véspera, as agências de rating Moody’s e Fitch notaram que ainda resta muito a ser feito na parte do ajuste fiscal.
Para o processo de ajuste fiscal ter êxito, analistas indicam que o governo precisa promover ainda reformas como a administrativa, para que seja possível mexer com estruturas de carreiras e salários dos servidores e, assim, reduzir os gastos com pessoal, avançar nos processos de privatizações e promover uma desindexação do Orçamento.
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