Francisco Bendl
A agência norte-americana Bloomberg publicou que o Supremo brasileiro está fora de controle e a Assembleia Legislativa do Rio liberta os deputados presos pela Lava Jato. A primeira é notícia internacional e a segunda ocasiona uma série de indagações: Os poderes não são independentes? Que autoridade possui a Assembleia para soltar os colegas detidos?
Quer dizer que, efetivamente, qualquer parlamentar está imune e impune às leis nacionais? Confirma-se que o legislativo se tornou uma casta?
INGENUIDADE – O general Villas Bôas foi ingênuo e acabou sofrendo críticas por se meter onde não devia. Não há mais condições de se avisar o parlamento e tampouco o Supremo quanto às suas condutas nefastas e nocivas, neste pacto de impunidade armado com o Executivo.
O momento exige que se feche o Legislativo e se mude a forma como são escolhidos os ministros dos tribunais superiores, repito pela enésima vez. Agora, que fiasco para o país, o Supremo nas manchetes internacionais que está fora de controle, que vergonha!
Quanto à decisão que se supõe será hoje sobre a prisão só depois de decisão do Superior Tribunal de Justiça, a sordidez, a corrupção, o comprometimento político, tomaram conta dos magistrados da Alta Corte.
BRECHAS NA LEI – Vale qualquer exercício para encontrar brechas na Constituição que possibilitem a dificuldade de se condenar e prender um ladrão do erário e do povo.
Caso o plenário do Supremo resolva que somente a prisão se dê após a ação ter transitado em julgado no STJ ou no próprio STF, afora milhares de criminosos que serão colocados em liberdade, é o fim da Lava Jato, e a ratificação da impunidade, pois certamente os processos contra os corruptos irão prescrever, deixando-os livres, leves e soltos, independente da gravidade dos crimes praticados.
Ou o país chuta o balde nesse momento ou, então, encontramo-nos em pleno estado totalitário jurídico, onde quem manda e de forma absoluta é o Supremo, que respalda o Parlamento e o Executivo nos seus atos ilícitos contra o povo e esta nação.
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