Segundo a PGR, nomes para mandatos de dois anos foram definidos por votação interna, que foi respeitada pelo novo procurador-geral da República.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado no último dia 25 — Foto: Pedro França/Agência Senado

O procurador-geral da República, Augusto Aras, nomeou 15 novos chefes que assumirão a partir desta terça-feira (1º) as procuradorias regionais e estaduais da República. Outros 17 chefes das 32 unidades foram reconduzidos ao cargo, que tem mandato com duração de dois anos e termina nesta segunda-feira (30).

A escolha dos nomes foi feita por meio de eleição com os procuradores de cada unidade, segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal. A votação é prevista em portaria interna do órgão e, segundo a assessoria, foi respeitada por Aras. As mudanças foram publicadas nesta segunda-feira (30) no “Diário Oficial da União”.

Em 2017, dias após assumir como procuradora-geral da República, Raquel Dodge nomeou nomeou 21 novos chefes da procuradoria nas regiões e nos estados. Ainda segundo a assessoria de imprensa da PGR, Dodge também respeitou votação interna.

Chefe em Goiás será secretário de Direitos Humanos

Dentre os procuradores que foram reconduzidos a um novo mandato, está Ailton Benedito de Souza, que chefia a Procuradoria da República em Goiás.

Na edição desta segunda-feira do “Diário Oficial da União”, a mesma em que Ailton Benedito é nomeado para o cargo que já ocupava, ele foi nomeado também para a função de Secretário de Direitos Humanos e Defesa Coletiva da PGR.

Entusiasta do regime militar (1964-1985), conforme publicou em uma rede social em 31 de março deste ano ao comemorar o golpe de 1964, Ailton Benedito chegou a ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para compor a Comissão Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.

O nome do procurador, no entanto, foi rejeitado pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal para integrar o colegiado. O grupo foi criado em 1995 para reconhecer desaparecidos por atividades políticas entre 1961 e 1979, período que engloba parte da ditadura militar até o ano em que foi promulgada a Lei da Anistia.

Nomeação do secretário-geral do MPU

Na última sexta-feira, em um dos primeiros atos como procurador-geral da República, Aras nomeou o subprocurador aposentado Eitel Santiago de Brito Pereira para o cargo de secretário-geral do Ministério Público da União (MPU).

Em 2018, o novo secretário concorreu nas eleições para deputado federal pela Paraíba e apoiou o então candidato e atual presidente da República, Jair Bolsonaro. Em mensagem postada nas redes sociais, Eitel também já defendeu a tese de que o golpe militar de 1964 foi uma “revolução” da população brasileira para impedir uma “doutrina comunista” e uma “ditadura socialista” no país.

Confira matéria do site G1.

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