Presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, foi o segundo a falar em debate da Assembleia Geral da ONU, depois de Jair Bolsonaro.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (24), logo após Jair Bolsonaro.
“O ditador Maduro é um fantoche de Cuba”, acusou Trump, em uma fala que também teve ataques à China, ao Irã, aos ativistas americanos que querem uma política de imigração menos restrita e às redes sociais.
Trump disse que está comprometido com apoiar as pessoas oprimidas, “como as que vivem em Cuba, Nicarágua e Venezuela”.
Depois de chamar Nicolás Maduro de ditador e fantoche de Cuba, afirmou que os EUA não reconhecem mais a autoridade do venezuelano, e que o país tem milhões de dólares para serem entregues como ajuda humanitária. “[Para isso] aguardamos o dia em que a democracia será restaurada”, disse.
O “espectro do socialismo”, aliado a novas tecnologias, é destruidor, segundo Trump.
Reclamações contra a China
A sua primeira reclamação durante sua fala na ONU foi em relação às práticas comerciais chinesas.
A admissão da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, foi anunciada como uma forma de obrigar os asiáticos a liberar a economia e se adaptar a regras de mercado, o que, segundo Trump, não aconteceu.
“Essa teoria foi testada e está errada. A China não adotou reformas”, disse ele. O presidente dos EUA acusou os chineses de terem barreiras, subsidiar fortemente sua indústria, praticar dumping (venda de produtos abaixo do custo para ganhar mercado), roubar propriedade intelectual e segredos de comércio em grande escala.
De acordo com ele, 60 mil fábricas nos EUA fecharam desde que os chineses foram admitidos na OMC.
Trump pediu uma reforma do órgão multilateral e disse que a China, segunda maior economia do mundo, não pode ser considerada um país em desenvolvimento –eles o fazem para “trapacear no jogo”, segundo o presidente americano.
Irã patrocina o terrorismo
“Uma das maiores ameaças hoje é o regime opressor no Irã”, afirmou Trump.
O presidente dos EUA acusou os iranianos de patrocinar o terrorismo e incentivar guerras na Síria e no Iêmen.
Além disso, disse, o Irã está em uma busca fanática por armas nucleares. “Nós nunca podemos permitir isso”, afirmou. Ele lembrou que tirou os EUA do acordo de 2015 que tinha o propósito de limitar o acesso iraniano a armas nucleares, porque não eram permitidas inspeções e havia a liberação de armas balísticas.
O regime iraniano escalou suas agressões violentas e não provocadas ao atacar instalações de petróleo na Arábia Saudita, afirmou. “Nenhum país deve subsidiar a vontade por sangue do Irã”, disse.
Ele ainda acusou os iranianos de serem antissemitas.
Defesa de homossexuais
Ele falou de outros temas: disse que as empresas donas de redes sociais têm um grande poder e que elas não podem censurar o direito à expressão e ao discurso.
Depois dos ataques ele disse que sua gestão trabalha com outras nações para acabar com a criminalização da homossexualidade. Ele afirmou ser solidário às pessoas LGBTQ que moram em países que penalizam ou emprisionam indivíduos por sua orientação sexual.
O presidente dos EUA também falou que deve haver acesso de mulheres à crédito e aos mesmos direitos de herança que os homens –Ivanka Trump, sua filha, estava na plateia.
Assembleia da ONU
A abertura do chamado debate geral da assembleia foi feita pelo secretário-geral António Guterres. Em seguida foi a vez de Bolsonaro falar, dando espaço ao americano logo em seguida.
O debate geral da ONU é a oportunidade para os líderes mundiais falarem sobre seus países e sobre temas que julguem relevantes para a comunidade internacional.
Na segunda-feira(23), houve um encontro para discutir ações que podem ser tomadas para responder às mudanças climáticas. Os EUA, que já prometeram sair do Tratado de Paris, não se pronunciaram.
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