Corolla 2020 estreia a 12ª geração com versão híbrida, suspensão independente nas quatro rodas, garantia de cinco anos e outras novidades
A vida dos concorrentes do Corolla já não era fácil. A partir de agora, porém, a função de seguir o líder tende a ser ainda mais difícil. A 12ª geração do Corolla chega às lojas no dia 12 de setembro com profundas alterações, entre as quais mudança de plataforma, reformulação visual completa, elevação de potência no motor 2.0, suspensão independente nas quatro rodas, sete air bags e cinco anos de garantia. A principal alteração é a tecnologia híbrida flexível.
Os preços do Corolla 2020 são os seguintes: GLi 2.0, R$ 99.990; XEi 2.0, R$ 110.990, Altis 2.0 e Altis Hybrid a R$ R$ 124.990. Com o pacote Premium, que custa R$ 6 mil, a Altis Hybrid vai R$ 130.990.
O sistema híbrido é semelhante ao do hatch Prius, mas foi aprimorado. O motor 1.8 a combustão passa a render 101 cv com etanol (98 cv com gasolina), enquanto os dois elétricos geram outros 72 cv. A potência combinada é de 122 cv. Já o torque é de 14,5 mkgf na unidade a combustão e 16,6 mkgf no elétrico.
De acordo com dados do Inmetro, com etanol o Corolla híbrido faz média de 9,9 km/l na estrada e 10,9 km/l na cidade. Com gasolina, as médias são de 14,5 km/l (estrada) e 16,3 km/l (cidade). São números abaixo do esperado para um veículo híbrido, especialmente quando abastecido com etanol.
A bateria de níquel-hidreto metálico (como a do RAV4) fica sob o banco traseiro. A Toyota garante que a posição não resultou em diminuição de espaço interno, nem para pessoas, nem para bagagens. Além disso, a marca informa que, graças a ela, o centro de gravidade diminuiu. Como resultado, a estabilidade tende a melhorar, assim como a inclinação da carroceria em curvas.
Também como no RAV4, o câmbio tem suas particularidades. Em vez de utilizar o tradicional sistema de correia e polias para fazer a variação de relações, o Corolla emprega planetária com engrenagem. De acordo com a empresa, o sistema oferece aceleração mais linear, e “praticamente” elimina perdas e atritos.
A tecnologia híbrida será oferecida somente na versão topo de linha, Altis. Já o motor 2.0 flexível estará
disponível nas três versões: GLi, XEi e também na Altis. O modelo é produzido em Indaiatuba (SP).
Motor 2.0 passa a se chamar Dynamic Force
O motor 2.0 flexível é novo e recebeu a denominação Dynamic Force. O comando de válvulas recebeu um motor elétrico, responsável pela variação no tempo de abertura das válvulas de admissão. Assim, o sistema, que no modelo anterior era conhecido pela sigla VVT-i, foi rebatizado de VVT-iE.
Por causa da alteração, ele trocou o ciclo Otto pelo Atkinson. Outra mudança importante foi a adoção da injeção direta e indireta de combustível (como em alguns modelos da Audi). A taxa de compressão aumentou para 13:1, o que em tese favorece o uso de etanol. Com isso, o propulsor, que é feito na fábrica de motores de Porto Feliz (SP), teve a potência elevada de 153,6 cv para 177 cv (15,2% a mais), com etanol. Alimentado com gasolina, a potência chega a 169 cv. O torque é de 21,4 mkgf. Com isso, ele passa a ser o motor aspirado mais potente da categoria.
O modelo recebeu também um novo câmbio CVT que simula dez marchas, batizado de direct shift. A Toyota empregou uma engrenagem mecânica que atua nas arrancadas. O objetivo é melhorar a agilidade nas acelerações, sempre um ponto crítico nos automóveis dotados de CVT.
A suspensão traseira passa a ser independente nas quatro rodas, o que finalmente coloca o sedã da Toyota no nível do Civic.
Visual do Corolla é inteiramente novo
Em termos visuais, o sedã traz linhas mais sinuosas. Faróis e lanternas (de LEDs na Altis) têm curvas internas, enquanto os para-choques receberam vincos nas extremidades. As colunas dianteiras e traseiras estão mais finas, e na dianteira a ampla entrada de ar escura domina o visual. Segundo a Toyota, a estrutura está 60% mais rígida.
A nova plataforma utilizada no Corolla é batizada de GA-C, uma vertente da TNGA. Com ela, o centro de gravidade do sedã ficou 1 cm mais baixo. O modelo 2020 está 1 cm mais comprido (4,63 m) e a carroceria, 2 cm mais baixa (1,45 m). A distância entre eixos, de 2,7 m, não mudou, assim como o volume do porta-malas (470 litros).
O interior também acompanhou as mudanças externas, e o painel, mais modernizado, recebeu tela da central multimídia de 8″.
Capô e porta-malas estão ligeiramente mais baixos, o que favorece a aerodinâmica e, principalmente, a visibilidade. Na frente, o capô baixou 3,5 cm, enquanto o porta-malas ficou 2 cm mais baixo.
Equipamentos de série
De série, desde a versão de entrada, GLi, há sete air bags (frontais, laterais, do tipo cortina e de joelho para o motorista), central multimídia com tela de 8″, ar-condicionado manual, computador de bordo no quadro de instrumentos com tela de 4,2″, controles de estabilidade e tração, etc.
A intermediária XEi traz adicionalmente ar-condicionado automático, controlador de velocidade de cruzeiro, modo de condução esportivo, borboletas para simulação de troca de marchas no volante, chave presencial, botão de partida e faróis de neblina.
Versão Altis tem dois níveis de equipamentos
A topo de linha Altis acrescenta a isso o pacote de segurança ativa denominado Toyota Safety Sense. Ele inclui alerta de saída involuntária de faixa, mas sem correção de volante, controle de cruzeiro adaptativo (ACC), frenagem automática, farol alto automático e faróis de LED.
A Altis 2.0, no entanto, traz adicionalmente, de série, itens que são opcionais no Altis híbrido. É o caso do teto solar, ar-condicionado com dupla zona, banco do motorista com ajustes elétricos, lanternas traseiras de LEDs, sensores de chuva e luminosidade e rebatimento automático dos retrovisores. Além disso, a versão híbrida não dispõe de borboletas para mudanças de marcha no volante.
Blindagem “original”
A Toyota está oferecendo também o serviço de blindagem, por meio de duas empresas certificadas: Inbra e Evolution. O cliente pode encomendar o serviço na própria concessionária. De acordo com a montadora, fazendo a blindagem dessa forma a garantia de cinco anos, tanto do veículo como da blindagem, fica mantida por cinco anos.
O nível de proteção oferecido será o Nível III A, o maior permitido pelo Exército brasileiro para proteção civil.
O Corolla chega em sete opções de cores: branco Polar (sólido), branco Perolizado, preto, prata, vermelho, marrom e a nova cinza Celestial.
Ficha técnica
Corolla GLi/XEi/Altis 2.0
Motor
2.0, 4 cil., 16V, flexível
Potência (cv)*
177 a 6.600 rpm
Torque (mkgf)
21,4 a 4.400 rpm
Câmbio
Automático, CVT
Peso (kg)
De 1.375 (GLi) a 1.405 (XEi/Altis)
Tanque
50 litros
Corolla Altis Hybrid
Motor a combustão
1.8, 4 cil., 16V, flexível
Potência (cv)/torque (mkgf)
101 a 5.200 / 14,5 a 3.600 rpm
Motores elétricos
Dois
Potência cv/torque (mkgf)
72 / 16,6
Potência combinada (cv)
122
Câmbio
Automático, híbrido CVT
Peso / tanque
1.440 kg / 43 litros
Fonte: Toyota
CONFIRA OS PREÇOS DA LINHA 2020 DO NOVO TOYOTA COROLLA:
GLi: R$ 99.990
XEi: R$ 110.990
Altis: R$ 124.990
Altis Hybrid: R$ 124.990 (Pacote Premium R$ 6.000)
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