Briga entre facções deixa ao menos 52 mortos em presídio em Altamira, no Pará

A rebelião aconteceu dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Pará Foto: Reprodução

Segundo a Susipe, a briga teve início por volta das 7h, quando detentos do bloco A invadiram o anexo onde estão internos do outro grupo; veja o vídeo

SÃO PAULO – Uma briga entre facções dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT), no sudoeste do Pará, deixou ao menos 52 detentos mortos, 16 deles decapitados, na manhã desta segunda-feira, 29. A maioria dos mortos no massacre foi vítima de asfixia. Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), dois agentes prisionais foram feitos reféns e foram liberados. No início da tarde, o motim estava encerrado.

De acordo com a Susipe, o massacre foi motivado por uma briga entre as facções rivais Comando Classe A (CCA) e Comando Vermelho (CV) e teve início por volta das 7 horas, quando detentos do bloco A, onde estão custodiados presos de uma organização criminosa, invadiram o anexo onde estão internos do outro grupo.

Após a primeira ação, o anexo foi trancado e os presos atearam fogo no espaço. Segundo a Susipe, a fumaça invadiu o anexo e houve presos mortos por asfixia.

O Grupo Tático Operacional da Polícia Militar foi ao local. A Polícia Civil, a Promotoria e o Juizado de Altamira também estiveram na unidade participando das negociações para a liberação dos reféns.

Rebelião deixou sete mortos em 2018

Em setembro de 2018, sete detentos morreram e outros três ficaram feridos em uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT). Durante o motim, um grupo de 16 presos tentou fugir da unidade, sem sucesso.

Segundo a Susipe, detentos da cela 3, do bloco A, tentaram fugir do presídio pela janela de ventilação do local. Os agentes prisionais de plantão flagraram a movimentação pelas câmeras de segurança e acionaram a Polícia Militar, que impediu a saída.

Os presos, então, correram em direção ao bloco do semiaberto e atearam fogo na sala do gerador de energia e no galpão de alojamento. No motim, parte das celas e das grades da unidade, além da enfermaria e da secretaria, foram depredadas. Ao todo, 120 presos participaram do motim.

Confira matéria do site Estadão.

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