Caberá à Justiça definir o destino do material, informou a Polícia Federal.
A Polícia Federal informou na noite desta quinta-feira (25) que preservará o “conteúdo de quaisquer mensagens que venham a ser localizadas no material” apreendido na Operação Spoofing. Caberá à Justiça definir o destino do material, disse a PF.
O ministro João Otávio de Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), disse mais cedo, por meio de nota, que o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) havia dito, em uma ligação, que as mensagens seriam descartadas “para não devassar a intimidade de ninguém”. Noronha foi um dos alvos da invasão. À noite, a assessoria do ministro Sérgio Moro afirmou que o conteúdo das mensagens está preservado, até por questões de privacidade.
“A Polícia Federal esclarece que as investigações que culminaram com a deflagração da Operação Spoofing não têm como objeto a análise das mensagens supostamente subtraídas de celulares invadidos. O conteúdo de quaisquer mensagens que venham a ser localizadas no material apreendido será preservado, pois faz parte de diálogos privados, obtidos por meio ilegal. Caberá à Justiça, em momento oportuno, definir o destino do material, sendo a destruição uma das opções.”
Invasão
A Polícia Federal identificou os aparelhos dos presidentes da República, Jair Bolsonaro; da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ); do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); do Superior Tribunal de Justiça, ministro João Otávio de Noronha; e da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dentre os celulares de autoridades alvos de invasão de hackers. Ministros do STF também foram alvos.
Investigadores da Polícia Federal informaram na quarta-feira (24) que têm condições de afirmar, com base na apuração prévia, que aproximadamente mil diferentes números telefônicos foram alvos do mesmo método utilizado para invadir o celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Quatro suspeitos de envolvimento na invasão de celulares de autoridades foram presos na última terça-feira (23). São três homens e uma mulher, detidos na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Nesta quinta-feira, o ministro Sérgio Moro afirmou em uma rede social, que o Ministério da Justiça e a Polícia Federal (PF) vão identificar as centenas de vítimas e informá-las sobre as invasões, sejam elas autoridades ou não.
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