Reitor banaliza uso de drogas e diz que papel de Bíblia é bom para enrolar baseado

Fala de Ari Ott foi registrada em vídeo durante palestra.| Foto: Reprodução/Youtube

Para o reitor da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Ari Miguel Ott, é “bobagem” se preocupar com o fato de que, nos campi universitários de todo o país e do mundo, estudantes “acendam baseados” de forma generalizada. A opinião do representante da instituição, denunciada como apologia ao uso do entorpecente, foi registrada por um vídeo que circula nas redes sociais.

“Cada vez que um aluno acende um baseado numa universidade brasileira e no mundo inteiro – e estudantes fumam baseado em todas as universidades do mundo – levantam–se as vozes do moralismo: ‘Olha aí, fumadores de maconha!'”, disse o reitor. “Quanta bobagem, meu Deus”.

De fato, uma pesquisa nacional revelou que universitários consomem drogas com mais intensidade que outros grupos da sociedade. Quase 50% dos estudantes já usaram substâncias ilícitas.

Na sequência, Ott, graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), ainda diz que o papel da Bíblia era “excelente para enrolar baseado”. “Eu tive um colega no curso de medicina, há 40 anos, que fumou a Bíblia da mãe, gente. Naquele tempo não se vendia [papel] seda, e o papel dele era considerado excelente para enrolar um baseado”, disse.

Em ironia à declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que existe “balbúrdia” nos campi universitários do país, o reitor da UNIR afirmou que “nunca viu uma festa de pelados” e “se tiver, me chamem”, concluiu.

Repúdio
Em repúdio à última fala do reitor, a Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional publicou nota afirmando que ele “afrontou o livro sagrado da maioria absoluta dos brasileiros”. Silas Câmara, presidente da frente, defendeu que “as declarações do reitor não condizem com a postura do cargo que o professor exerce, e afronta diretamente a família brasileira e fé de milhares de cristãos que tem como base a Bíblia”.

Venho, por meio desta, repudiar veemente as recentes declarações do Sr Reitor Ari Otti, amplamente divulgadas pelas redes sociais.

Tenho certeza que ele não se dá conta da responsabilidade que é ser Reitor de uma Universidade Federal, pois se soubesse não diria tamanhas barbaridades. É bem verdade que isto não é um privilégio somente deste reitor. Vários outros “gestores” de importantes IES brasileiras pensam exatamente desta forma amoral, infelizmente, comum à maioria das pessoas não tementes a Deus. Desrespeitam a fé cristã e tripudiam sobre as famílias e as pessoas de bem.

Profissionalmente, não têm qualquer experiência administrativa real em suas vidas, fazendo com que suas péssimas “gestões” levem a ruínas nossas universidades públicas Brasil a fora.

Com relação ao episódio em si, ele tem todo o Direito de participar de festa com homens nus, orgias, porém jamais deveria externar suas vontades íntimas publicamente a alunos e professores.

Venho também reprovar o fato de ter feito apologia ao uso de drogas entre os alunos. Universitários e nenhum ser humano deveria ser estimulado a tal atitude, que leva a vícios e graves prejuízos à saúde a longo prazo, inclusive lesões neurológicas irreversíveis. Sei que o Reitor é médico, mas deve ter se esquecido ou jamais estudou sobre a toxicidade causadas pelo uso de drogas. Além do mais, o fato de ter enaltecido um amigo de turma, maconheiro, que fumava utilizando folhas da Bíblia, o Sr Ari Otti agiu como um verdadeiro otário, tendo blasfemado contra a Palavra de Deus.

Fica claro que este Sr não tem a mínima condição de continuar no cargo que ocupa, e peço que a comunidade acadêmica, professores e os departamentos compartilhem esta carta e solicitem a cassação do seu mandato urgentemente. Esta petição pode ser reiterada pelo DEPMED, que tenho certeza da seriedade do nosso chefe, que também provavelmente repudia tais declarações do reitor.

Aqui na terra ele e seu amigo podem até participar de orgias, se drogarem com maconha enroladas em papel bíblico, mas no final dos tempos, eles têm grande chance de serem “fumados” pelo fogo do inferno, se não se arrependerem sinceramente, e pedirem perdão a Deus.

PROFESSOR DOUTOR RAFAEL CARDOSO OLIVEIRA – DISCIPLINA OFTALMOLOGIA

Horas depois da publicação da matéria, a universidade enviou à Gazeta do Povo a seguinte nota:

Com relação à fala do reitor, podemos informar que a declaração do reitor foi feita no dia 28 de maio, em um evento em defesa da universidade pública, então sob ataque das redes sociais que divulgavam fakes sobre a suposta balbúrdia, festas de pelados e consumo de maconha nos campi.

A fala do reitor era uma sátira, quase uma paródia, sobre este tipo de acusação, conforme se verifica ao assistir a pequena parte do vídeo agora divulgada. Ou seja, a fala criticava a insanidade das redes sociais, a mesma insanidade que se verifica agora, interpretando a fala do reitor como apologia ao sexo e ao consumo de drogas, ignorando o contexto da declaração original.

Isto é falso e repudiamos este tipo comportamento.

Confira matéria do site Gazeta do Povo.

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