Thiago Prado
O Globo
Adriana Ancelmo, ex-mulher de Sérgio Cabral, está preocupada com o futuro na segunda instância do Judiciário. Conforme O Globo informou na semana passada, o relator de seu processo no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, desembargador Paulo Espírito Santo, já preparou o voto e agora só falta o presidente da Turma, Abel Gomes, marcar a data do julgamento.
Há duas semanas, Adriana procurou o advogado Sérgio Bermudes. Antes mesmo de ser condenada pela segunda instância, pediu um parecer do renomado profissional da área cível. Quer que ele mostre que a distância dos filhos seria muito ruim para a criação deles. O advogado ainda não decidiu se aceitará a missão.
REFERÊNCIA – Bermudes é especialista em questões cíveis contenciosas e atua, sobretudo, nos campos comercial, societário e de recuperação empresarial. Seu escritório no antigo prédio da Bolsa de Valores do Rio é apontado como o mais importante do país. Já tem ou teve como clientes Eike Batista, Vale, Bradesco, Ambev e Odebrecht.
Adriana conseguiu aguardar seu julgamento em prisão domiciliar com base no Marco Legal da Primeira Infância. O texto, em vigor desde 2016, garante a presas provisórias grávidas ou com filhos de até 12 anos aguardar o julgamento em prisão domiciliar. A liberdade de Adriana gerou controvérsia e reações. Apesar da nova legislação, a Justiça continua mantendo várias mães detidas na mesma situação. Em fevereiro, o G1 fez reportagem apresentando a história de 698 presas com filhos de até 12 anos.
CONDENAÇÃO – Em setembro de 2017, Adriana foi condenada em primeira instância pelo juiz Marcelo Bretas. Ela recebeu penas que somam 18 anos e três meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
Segundo a sentença, a ex-primeira-dama ocultou e movimentou cerca de R$ 6,5 milhões em joias e usou seu escritório de advocacia para lavar R$ 2,4 milhões. Bretas a classifica como “companheira de vida e práticas criminosas” de Sérgio Cabral, além de “mentora de esquemas ilícitos”.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Adriana Ancelmo não poderia ter sido solta. Jamais foi uma mãe de verdade, quem tomava conta da casa era a governanta, com salário de R$ 20 mil. Sua vida era uma festa móvel, no estilo descrito por Ernest Hemingway ao retratar Paris. Adriana vivia viajando com o marido, mal via os filhos. Esta é a verdade. (C.N.)
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