CBF, clubes, federações, jogadores, meninas da base, torcedores, todos são responsáveis pelo futuro da modalidade no País
O chamamento de Marta… O desabafo de Marta após a derrota e eliminação do Brasil para a França na Copa do Mundo Feminina de Futebol, em Le Havre, teve o tom de um chamamento de quem está perto de dizer adeus à seleção brasileira. Ela, Formiga e Cristiane já fizeram muito pelo time nacional e pela modalidade em si, que custa a se desenvolver no Brasil. Sabia exatamente o que estava dizendo, em lágrimas, após a desclassificação.
O futebol feminino pode morrer… Sem Marta, o futebol feminino no País pode morrer. Seu chamamento diz respeito a evitar essa morte. Faz mais de dez anos que o Brasil promete desenvolver a modalidade, e nada. A responsabilidade é de todos, assim como a culpa pela falta de renovação e mais e melhores jogadoras.
Respeitada entre mulheres e homens… Até agora, a seleção brasileira feminina de futebol sobreviveu, no bom português, ao talento de algumas de suas jogadoras e às premiações de Marta, seis vezes eleita a melhor do mundo pela Fifa. Isso não é pouco. Marta é respeitada do mundo inteiro, por mulheres e por homens que jogam futebol. Isso também não é pouco. Ela sabe que tudo pode acabar sem ela, não que seja egoísta ou coisa que se valha, mas porque ela sabe o tratamento que as entidades dão a esse esporte por aqui.
Alô, CBF… Então, ela resolveu cobrar, talvez como um último gesto com a camisa do Brasil, não se sabe ainda se ela vai parar. Todos foram envolvidos por ela nesse desafio de não deixar o futebol feminino morrer no Brasil. É assim que se faz. Ou todos se envolvem ou vai desaparecer, se não por completo, ao menos das grandes competições e momentos de glória. Marta fez o futebol feminino do Brasil desabrochar. É preciso dar continuidade a isso.
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