André Fernandes ameniza tom de acusações e diz que não teme ter mandato cassado

Deputado estadual, André Fernandes (PSL), em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa Foto: José Leomar

Após usar o plenário da AL para acusar colegas de envolvimento com facções criminosas, o deputado do PSL assegurou que sua conduta respeitou o Código de Ética da Casa

O deputado estadual André Fernandes (PSL) concedeu entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (24), para esclarecer polêmica criada após acusar colegas parlamentares de envolvimento com facções criminosas. A conduta de Fernandes foi questionada por alguns membros da Assembleia Legislativa e o caso encaminhado ao Conselho de Ética da Casa, onde Fernandes deve ser julgado por quebra de decoro parlamentar.
O parlamentar amenizou o tom das acusações, destacando que sua atuação seguiu conforme o procedimento regulamentado pelo Código de Ética da AL.

“Nezinho, sinto muito que o seu nome tenha sido exposto. Não citei o nome em plenário de vossa excelência justamente por responsabilidade e encaminhei ao Ministério Público. Não acusei, não denunciei, não estou aqui para caçar briga”
O deputado afirmou que não houve generalização em sua acusação e que não citou nomes na ocasião exatamente para não quebrar o decoro parlamentar. Fernandes apontou ainda que o Código de Ética assegura o direito de sigilo e de imunidade parlamentar em casos de encaminhamento de denúncias contra colegas parlamentares. Ele afirmou ainda que não teme ter o mandato cassado.

“Eu não generalizei. É mentira. Nunca me rendi ao poder político, não vou mudar, façam articulações entre partidos contra minha pessoa. Não citei nomes de deputados para que não fosse quebra de decoro. Trabalhei com lealdade. Não estou aqui para compactuar com velhos políticos. Não vou chegar aqui, receber denúncias e me calar. Se um eleitor meu chega e me entrega uma denúncia o mínimo que posso fazer é entregar para o órgão competente. Tem que se investigar”, afirmou Fernandes.

O deputado do PSL explicou que as denúncias partiram de fontes não identificadas e foram encaminhadas, de maneira sigilosa, para o Ministério Público do Ceará (MPCE). Ele criticou o MPCE por ter vazado as informações. “MP não manteve sigilo. Não falei que tinha provas, falei que recebia denúncias. Eu não errei porque fiz sob sigilo como diz o Código de Ética”.

Confira matéria do Site Diário do Nordeste

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