A carta enviada pelo papa Francisco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou críticas por parte de críticos ao PT e apoiadores de Bolsonaro. Desde a divulgação do texto, apoiadores de Lula usaram a mensagem para impulsionar a campanha pela liberdade de Lula e como um argumento de que o ex-presidente é inocente.
Um dos que se manifestou foi Olavo de Carvalho. “A cartinha do Papa ao Lula tem, sobre os fiéis, autoridade zero. É apenas a opinião de um argentino”, escreveu o escritor, considerado uma das pessoas com grande influência sobre o governo Bolsonaro.
HANG CRITICA – Mais cedo, o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, também criticou o gesto de Francisco. “O Vaticano cheio de problemas, padres molestando crianças, Argentina quebrada e o Papa Argentino apoiando o maior corrupto da história do Brasil. É por isso que a igreja católica está cada vez mais perdendo fiéis. É uma vergonha”, tuitou Hang, que foi um dos empresários mais ativos para a eleição de Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018.
Na carta, Francisco manifesta sua “proximidade espiritual” e pede ao ex-presidente que não desanime, nem deixe de confiar em Deus. A mensagem é uma resposta a uma carta que Lula havia enviado no início de abril, agradecendo ao apoio que o sumo pontífice “tem demonstrado ao povo brasileiro pela justiça e pelos mais pobres”.
Um dos trechos, porém — em que Francisco afirma que “o bem vencerá o mal; e a verdade vencerá a mentira” — acabou sendo interpretado pelos apoiadores de Lula como um apoio de Francisco ao discurso de inocência mantido pelo ex-presidente.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Nenhum papa jamais se compromete com nada, quando se trata de questões jurídicas ou materiais. Sempre ficam em cima do muro, utilizando chavões. A mensagem que Francisco enviou a Curitiba em nenhum momento defende a tese de que Lula seria inocente. Mas os petistas logo forçam a barra, manipulando as palavras do papa, que é um líder de grande caráter, empenhado em trazer a Igreja Católica para um caminho de simplicidade e apoio aos mais carentes, como Jesus preconizou. O papa Francisco não merece essas críticas gratuitas e grosseiras. (C.N.)
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