Nossa Senhora de Fátima> Histórias de fé e gratidão uniram milhares de católicos durante todo o dia de hoje. Um total de 11 missas foram realizadas no Santuário Nossa Senhora de Fátima, na avenida 13 de Maio
É na fé que as histórias de milhares de pessoas que compareceram ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima se entrelaçam. São relatos de gratidão estampados em camisetas, em imagens da santa, em lágrimas nos olhos. Nos 102 anos do que os católicos acreditam ter sido a primeira aparição da Virgem Maria aos três pastorinho, na Cova da Iria, em Portugal, em 13 de maio de 1917, a igreja da avenida 13 de Maio se encheu de histórias de redenção e devoção. Desde às 5 horas da manhã, 11 missas foram realizadas como forma de veneração à santa.
Vestida completamente de branco, a dona de casa Elita dos Santos, 39, tem uma rotina nos dias 13 de cada mês: sai de casa, em Messejana, para agradecer à santa. Ela fez uma promessa para que fosse descoberta a causa da anemia do sobrinho João Pedro, de um ano e, ela crê que por milagre, foi encontrada a razão: eritroblastose fetal, uma doença vinda da incompatibilidade do sistema Rh do sangue materno e fetal. E, pela descoberta rápida, o menino pôde se tratar. “Prometi que apresentaria o meu sobrinho para Nossa Senhora no dia 13 de maio, em agradecimento”, diz.
Para os fieis, a graça da Santa se manifesta das mais diferentes formas. Júlia Girão, 69, é grata à Virgem de Fátima há 19 anos. Foi no ano 2000 que ela viu o câncer nos rins ser transformado em cálculo renal, no momento da cirurgia, segundo conta. “Pedi à Nossa Senhora com toda a minha fé e ela me curou”, testemunha, em agradecimento.
Meire Barbosa, 45, é outro exemplo do que ela acredita ser a manifestação da Virgem de Fátima. Gêmea, ela acabou nascendo “pelos pés”, após a irmã. Naquele tempo, o ultrassom era coisa rara no Brasil, e a mãe não sabia que esperava duas meninas. Ao dar à luz a segunda filha, a mãe a consagrou a Nossa Senhora de Fátima. Em 2015, a mulher foi diagnosticada com câncer de mama e foi curada. “Para honra e glória do Senhor e da Virgem de Fátima. Venho à missa todos os dias 13, em forma de agradecimento e tento mostrar para os outros que Nossa Senhora como fundamental na minha vida e na vida dos meus filhos”, partilha.
Faz anos, a casa dia 13, todos os meses, ela vai à missa e carrega duas imagens de nossa senhora: uma nas costas, como forma de proteção, e a outra, ela oferece para alguém. “Não sou eu que carrego ela, é ela que me carrega”, sentencia. “Eu digo: ‘Nossa Senhora, me mostra para onde a senhora quer ir hoje. E ela diz, eu quero ir para a casa de fulano’”. Aconteceu, certa vez, de estar na missa de Fátima e ela sentir em seu coração de que a imagem deveria ir para a casa de um desconhecido. Ela não hesitou. “Veio no coração. A vida da gente não pode ser programada”, diz.
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