A produção industrial de Pernambuco caiu e desempregou. No acumulado do ano até março, a queda da Indústria de Transformação, que representa 99,5% de todo o setor industrial do estado, chegou a -2,6%. O principal segmento que colaborou com a redução foi o de equipamentos de transporte exceto veículos, com registros de -26,9% no ano e, somente em março, no comparativo com março de 2018, sofreu um tombo de -52,8%. O movimento provocou outro índice negativo: o saldo de empregos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor admitiu apenas 47 pessoas neste ano, contra mais de mil trabalhadores demitidos. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, consolidado pela Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe).
A produção industrial de Pernambuco caiu e desempregou. No acumulado do ano até março, a queda da Indústria de Transformação, que representa 99,5% de todo o setor industrial do estado, chegou a -2,6%. O principal segmento que colaborou com a redução foi o de equipamentos de transporte exceto veículos, com registros de -26,9% no ano e, somente em março, no comparativo com março de 2018, sofreu um tombo de -52,8%. O movimento provocou outro índice negativo: o saldo de empregos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor admitiu apenas 47 pessoas neste ano, contra mais de mil trabalhadores demitidos. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, consolidado pela Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe).
Cézar Andrade, coordenador do Núcleo de Economia da Fiepe, explica que Pernambuco acompanhou a queda setorial nacional e, no estado, o cenário reúne uma soma de fatores que impactaram negativamente na produção e no saldo de empregos. “O início do ano é sempre ruim, mas o mês de março teve o agravante do carnaval, que prejudicou segmentos importantes da indústria de transformação. É o caso da indústria têxtil e de alimentos, que apresentaram, devido aos dias reduzidos de produção por causa das festas, quedas de -16,9% e -21%, respectivamente. No acumulado do ano, na mesma ordem, as quedas foram de -23,7% e de -10,6%”, detalhou. Pelo mesmo motivo, há otimismo por parte da Fiepe em relação à produção dos meses subsequentes a março, mas não o suficiente para prever comemorações da indústria. “É provável que ocorra uma recuperação, por serem setores importantes e de grande relevância na economia do estado, mas que não deve chegar a números expressivos”, ponderou Andrade.
EMPREGO
O desemprego gerado no setor industrial neste ano é crítico e não prevê boas expectativas. O segmento apresentou a maior queda de produção e resultou no saldo negativo de mais de mil postos de trabalho no acumulado do ano. No caso do setor de equipamentos de transporte exceto veículos, o número é justificado principalmente pela crise nos estaleiros instalados no Complexo de Suape. “O segmento segue em baixa, sofrendo sem a previsão de novas encomendas por parte da Petrobras (único contratante) e que não só vem desempregando como deixa o futuro sem esperança de retomada de empregos. É um setor que empregava bastante, principalmente no Estaleiro Atlântico Sul, mas que não tem sinalização da Petrobras de que vai melhorar, já que vem atuando apenas com a frota de navios atual”, pontua Cézar Andrade.
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