Na visita ao Muro, presidente brasileiro esteve acompanhado do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, em mais um gesto simbólico em sua viagem a Israel
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) visitou nesta segunda-feira (1.º) dois dos locais mais sagrados da Terra Santa, em Israel. Primeiro, ele foi à Igreja do Santo Sepulcro, na Cidade Velha de Jerusalém, considerado por muitos cristãos como o local onde Jesus foi enterrado e ressuscitou. Depois, o presidente seguiu para o Muro das Lamentações, também na Cidade Velha. O local é sagrado para os judeus e marca o ponto onde ficava o Templo de Salomão, destruído há 2 mil anos. Na visita ao Muro, Bolsonaro esteve acompanhado pelo primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu.
Como a Cidade Velha fica na parte oriental de Jerusalém, área disputada por israelenses e palestinos, poucos líderes mundiais aceitam visitar o local ao lado do primeiro-ministro israelense. Em geral, as autoridades estrangeiras preferem classificar a ida ao local como uma ação de caráter privado e não como uma visita de Estado. Assim, a presença de Netanyahu na visita do brasileiro tem um caráter simbólico importante, em mais uma sinalização de apoio do governo Bolsonaro ao atual premiê. Além disso, a visita conjunta é vista como mais um sinal de apoio à ocupação de Israel em Jerusalém Oriental, onde fica o Muro – território reivindicado pelos palestinos para ser sua capital.
Por outro lado, Bolsonaro não visitou a Mesquita de Al-Aqsa, sagrada para os muçulmanos, que fica nas imediações do Muro das Lamentações. E sua agenda não inclui os territórios palestinos.
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