Na última semana, a comunicação, ponto fraco do presidente, melhorou muito. Uns atribuem o fato ao coronel Didio Pereira, ex-chefe da assessoria de imprensa do Exército, ainda que se diga que ele não assumiu as contas pessoais (nas redes sociais) de Bolsonaro.
Seja como for, melhorou. Hoje, provavelmente, a imprensa criará nova tempestade em copo d’água (americano) por uma frase dita por Bolsonaro, nos EUA:
“…quando a diplomacia não dá muito certo, a retaguarda tem as Forças Armadas”.
Não mencionará, claro, que, milésimos antes, ele vinha defendendo a democracia e a liberdade. Após uma quadrilha de psicopatas autoritários e ladrões, que atende pelo nome de PT, não vejo o atual presidente como autoritário. Simplesmente, não vejo. Pode ser falho, pode, e vai, errar muito, mas não o vejo como este tirano que alguns vêem — os tiranos estão querendo sabotá-lo para voltar ao poder, como é de praxe na História.
Além da comunicação ter melhorado bastante, é preciso admitir o óbvio: sem a coragem de Bolsonaro, por quem muitos liberais “puro-sangue” têm repulsa, grandes nomes do liberalismo brasileiro estariam apenas no campo teórico.
Vejam alguns liberais com grande poder colocados em seus cargos por Guedes e o presidente: Pedro Guimarães, presidente da Caixa; Salim Mattar, secretário de Desestatização; Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras; Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil — todos liberais, todos dentro da Máquina, todos “sabotadores”, no melhor dos sentidos, do Estado inchado que o país herdou. Se isso não é um avanço de Graça Foster, José Dirceu, Guido Mantega e similares, eu desconheço o que é avanço.
Fora esta verdadeira seleção de mentes brilhantes na área econômica, há o front de Moro, com ideias excelentes em seu pacote anticrime, que enfrenta resistência do PT — claro, baratas geralmente não aplaudem o inseticida. Há, pela primeira vez, a divulgação de dados nacionais sobre o crime, feita pelo ministro. Outra excelente iniciativa.
Há, também, a aproximação assumida do Brasil com os Estados Unidos, que muitos vêem como algo puramente ideológico, mas que se refletirá, na prática, com: liberação de vistos para americanos, o que já aumentaria o turismo no país de uma hora pra outra sem fazer esforço, apenas quebrando a vaidade de país sub-desenvolvido. Empregos serão criados. Dinheiro no bolso do trabalhador.
A parte mais corajosa desta administração, no entanto, é a não liberação, até onde sabemos, dos bilhões de reais dos pagadores de impostos à imprensa. Não faz sentido este repasse. A propaganda privada é o que deve manter um jornal, rádio ou tv. O governo não deveria ter, até pela preservação da democracia, um cheque gordo pingando nos bastidores dos telejornais. E que fique claro: que não use este dinheiro para bancar sites ou similares de direita, é tão errado quanto.
Portanto, ainda que com alguns tropeços, melhoramos.
E como melhoramos. E ainda estamos em março.
Fosse o Sr. Haddad o vitorioso, além de ciclovias na floresta Amazônica, teríamos Lula livre, Venezuela sob guarida, bilhões para a imprensa (dos amigos, as outras seriam censuradas) e a continuação do aparelhamento do Estado.
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