Modelo é uma das atrações do Salão de Genebra e tem jeitão de helicóptero
Mais um carro voador pode ter o Brasil como escala nas vendas mundiais. A empresa holandesa PAL-V está disposta a comercializar por aqui o Liberty Pioneer Edition, um projeto com jeitão de helicóptero, que chama a atenção no Salão de Genebra (Suíça)- a feira acontece até o próximo dia 17.
É a segunda fabricante deste tipo de veículo a demonstrar interesse no mercado brasileiro. A outra é a eslovaca Aeromobil, cuja entrega das primeiras unidades está prevista para 2020.
O modelo holandês já tem preço definido: US$ 399 mil (R$ 1,5 milhão na conversão direta, sem impostos) para a versão Sport e US$ 599 mil (R$ 2,3 milhões) para a Executive. A produção será limitada a 90 unidades.
Ambos são construídos em fibra de carbono e virão com controle duplo para voo, aquecimento na cabine e sistema eletrônico de controle de voo. A fabricante oferece ainda um treinamento para que o cliente possa dominar a tecnologia antes de conduzi-lo.
O Liberty possui dois motores: um para conduzir na estrada, de 99 cv e aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 9 segundos, e um rotor, de 197 cv, para o circulação aérea.
No chão, atinge 160 km/h de velocidade máxima e 1.314 de autonomia. No ar chega a 180 km/h, com alcance de 500 km, autonomia de voo de 4,3 horas e altitude de até 3,5 mil metros.
O veículo roda como um triciclo em ambiente terrestre, inclusive com inclinação da carroceria em curvas como se fosse uma moto.
Caso o condutor decida levantar voo, o processo de conversão para o modo de voo leva cerca de 5 a 10 minutos. O mastro do rotor se desdobra automaticamente, mas o motorista deve puxar a seção da cauda, desdobrar as duas pás do rotor e retirar a hélice para voar.
O veículo funciona como um girocóptero, sendo sustentado por asas rotativas. A pressão do vento do rotor é que cria a sustentação para ele voar e, tal qual um avião, precisa correr numa pista para decolar e pousar.
Segundo a PAL-V, a certificação do veículo para rodar como carro e também voar, o que garante a sua comercialização, está em fase final de liberação. O modelo deve ser homologado até o fim do ano, após ser submetido a 50 horas em voos de teste.
É claro que o futuro proprietário precisará de uma licença de voo (o brevê usado na aviação). Também será necessário uma área de pouso e decolagem sem obstáculos próximos.
Aeródromos, locais de planadores e de ultraleves são os mais apropriados. As entregas estão programadas para começar no segundo semestre de 2020.
Em entrevista ao site UOL Carros, Beau Metz, da área de Marketing da PAL-V, revelou que já foram feitas diversas pré-encomendas, mas ele não informou em que países. Apenas citou o Brasil como um mercado importante nos planos da empresa.
O executivo admitiu o interesse em explorar o Liberty na cidade de São Paulo, devido ao trânsito carregado e o uso já elevado de helicópteros.
Beau disse que o custo de manutenção do carro voador holandês é 25% mais em conta do que o de um helicóptero convencional, além de gastar menos combustível para voar, pelo seu tamanho e peso menores.
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