Pádua Lopes é empossado membro da Academia Cearense de Letras

O jornalista e escritor Pádua Lopes assume uma cadeira historicamente ocupada por grandes nomes da Imprensa do Estado, na Academia Cearense de Letras Foto: Camila Lima

Em cerimônia no Palácio da Luz, sede da ACL, o diretor superintendente do Diário do Nordeste assumiu a cadeira número 38 da instituição e discursou sobre a importância da Literatura para uma sociedade crítica e bem informada

O jornalista e diretor superintendente do Diário do Nordeste, Pádua Lopes, foi empossado, ontem, na cadeira de número 38 da Academia Cearense de Letras (ACL), a entidade literária máxima do Estado. A instituição é a mais antiga do gênero no Brasil, fundada em 15 de agosto de 1894, três anos antes da Academia Brasileira de Letras. A cerimônia de posse aconteceu no Palácio da Luz, sede da ACL, no Centro de Fortaleza.

Além da relevante trajetória no jornalismo cearense, o novo acadêmico tem contribuições nas áreas jurídica e literária, sendo autor do romance “Safira não é flor”. Em discurso de posse, Pádua agradeceu aos fundadores do Grupo Edson Queiroz. “Em função diretiva no Sistema Verdes Mares, tive o privilégio de conviver com Dona Yolanda Queiroz e o chanceler Airton Queiroz, os quais me incentivaram a aprimorar os conhecimentos sobre arte e cultura. A eles, que pairam na dimensão do infinito, a minha gratidão e o meu pleito de saudade”, emocionou-se.

Durante o discurso de posse, Pádua Lopes agradeceu também ao ex-presidente da ACL, Ubiratan Aguiar, e à atual presidenta, Ângela Gutiérrez, primeira mulher a dirigir o soldalício. O jornalista destacou, ainda, a “linha mestra” que perpassa os ocupantes da cadeira nº 38 da ACL, já que “todos foram trabalhadores ou colaboradores da imprensa”.

Pelo mesmo posto, passaram personalidades como o advogado e redator José Martins Rodrigues, primeiro a tomar posse na cadeira 38; o magistrado e poeta cearense Júlio Maciel; o ex-governador do Estado Menezes Pimentel; o advogado, jornalista e ex-deputado federal pelo estado do Ceará, Monte Arrais; e o ensaísta e crítico literário F. S. Nascimento, a quem Pádua Lopes sucede.

Assumindo-se honrado pela nomeação, o diretor superintendente do Diário do Nordeste criticou a abundância de informações “sem foco nem precisão” que chegam à sociedade atual, ressaltou a importância Literatura como “janela para a reflexão e o pensamento lúcido” e comentou a relação da arte e da cultura com a emergência de novas formas de expressão e comunicação, fomentadas pela tecnologia.

“As concepções estéticas que empolgaram e tiveram êxito até pouco tempo se deparam com as manifestações artísticas que emergem com vigor. Um embate que nos leva a questionar se a Literatura que se pratica hoje atende às exigências intelectuais e emocionais do público leitor, cada vez mais dispersivo pela diversidade das fontes de leitura e entretenimento”, refletiu.

A presidenta da ACL, Ângela Gutiérrez, destacou a importância da chegada do novo integrante. “A Academia está recebendo com alegria a chegada do novo acadêmico, que tem excelência em várias áreas. Ele traz essa mente aberta para o presente e para juntar Jornalismo e Literatura”, salientou.

“O Pádua chegou aqui já como unanimidade. A força, o brilho e a projeção dele, não só nas letras, mas na imprensa; fizeram com que outro não se colocasse para disputar a cadeira. Ele vai somar a experiência do jornalismo com as letras executadas nos versos e nas crônicas”, disse Ubiratan Aguiar.

Confira matéria do Site Diário do Nordeste.

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