O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por maioria, a professora de educação infantil Eliane Oelke, moradora de Sinop (MT), pelos crimes de associação criminosa e incitação à animosidade das Forças Armadas contra os Poderes da República. A decisão foi proferida na última sexta-feira (30), após o julgamento da Ação Penal 1.642 em plenário virtual.
Eliane, que leciona em uma creche municipal, foi presa em janeiro de 2023 por participar dos atos do dia 8 de janeiro em Brasília e ganhou notoriedade ao exibir a tornozeleira eletrônica com orgulho ao retornar à sua cidade. Em fevereiro do mesmo ano, ela retomou suas atividades como professora, mesmo monitorada.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) destacou que Eliane integrou o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, aderindo a um movimento que pedia a intervenção militar e se opunha à posse do presidente eleito. A permanência no local mesmo após os ataques do dia 8 de janeiro foi considerada indício de adesão ao movimento golpista. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, destacou o dolo na participação da ré, considerando as manifestações um ataque ao regime democrático e aos princípios republicanos.
A pena imposta à professora foi de um ano de reclusão, substituída por medidas alternativas: prestação de 225 horas de serviços comunitários, participação em curso sobre democracia, proibição do uso de redes sociais e pagamento de 20 dias-multa (meio salário-mínimo cada). Eliane também teve o passaporte suspenso e foi condenada, solidariamente com outros réus, ao pagamento de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.
Destaque: Mendonça diverge e absolve por insuficiência de provas
Embora a maioria tenha votado pela condenação, os ministros Nunes Marques e André Mendonça divergiram. Para Mendonça, as provas apresentadas eram insuficientes para sustentar a acusação de associação criminosa e incitação à animosidade. Em seu voto, ele destacou que as denúncias foram “genéricas”, sem individualizar condutas específicas que pudessem justificar a responsabilização penal.
Segundo Mendonça, a acusação não conseguiu demonstrar, além de qualquer dúvida razoável, que os réus, incluindo Eliane, agiram com dolo ou intenção criminosa. “A simples presença no acampamento, mesmo após o dia 8 de janeiro, não autoriza a conclusão de que todos compartilhavam da mesma intenção delituosa”, argumentou. Ele ainda alertou para o risco de responsabilização penal objetiva, vedada no direito penal brasileiro, e apontou que o ônus da prova cabia à acusação, não sendo suficiente a mera participação em um contexto coletivo.
Com isso, Mendonça votou pela absolvição de todos os acusados na AP 1.642, nos termos do art. 386, inciso VII, do Código de Processo Penal.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/stf-condena-professora-por-crimes-ligados-a-8-1-mas-mendonca-diverge/
Cresce o temor de Lula e do STF com avanço conservador do Senado na eleição de 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já emite sinais públicos de preocupação com a perspectiva de o Senado atingir a maioria conservadora a partir de 2027, algo já manifestado nos bastidores por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse cenário permitiria à oposição se contrapor a decisões do STF, independente de quem ocupar a Presidência da República.
Em paralelo, a lista de pré-candidatos da direita para disputar as duas vagas por unidade da federação nas próximas eleições segue se ampliando, incluindo também nomes populares nas redes sociais, alguns deles novatos na política partidária.
Durante o encerramento do congresso nacional do PSB, neste domingo (1º) em Brasília, Lula alertou para o risco de candidatos direitistas serem os grandes vitoriosos das urnas na briga pelas 54 das 81 cadeiras do Senado em 2026. Ele frisou ser essencial manter o domínio de aliados para impedir que a direita “avacalhe” com o STF.
Lula fez referência à possibilidade de a renovação substancial do perfil do Senado abrir caminho para inéditos processos de impeachment contra ministros do STF — algo que, apesar das dezenas de pedidos protocolados, tem sido sistematicamente bloqueado pelos presidentes da Casa.
Em tese, o Senado também poderia deixar de ser uma barreira para projetos de lei que limitem os poderes do Supremo. Assim, a situação atual que vem travando iniciativas da oposição poderia se inverter com a eleição, em fevereiro de 2027, de um chefe do Congresso alinhado à direita.
Em reação tardia a Bolsonaro, Lula apela pela resistência da esquerda no Senado
O petista defendeu que aliados do Palácio do Planalto concentrem esforços nas disputas ao Senado, deixando governos estaduais em segundo plano. Ele chamou de “ameaça às instituições democráticas” o risco da derrubada de ministros como Alexandre de Moraes, visto até no exterior como símbolo da perseguição do Judiciário ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em particular e à direita no geral.
O senador Humberto Costa (PT-PE) deu uma declaração semelhante ao portal Metrópoles, chamando a perspectiva de maioria de direita no Senado de “pandemônio”.
A estratégia de Lula de escalar senadores aptos a se reelegerem e governadores perto de concluir o segundo mandato seguido a se candidatarem ao Senado em 2026 revela a escassez de nomes da esquerda para enfrentar a direita.
Desde o fim das eleições municipais, a direita, sob a liderança de Bolsonaro, tem articulado estratégias para conquistar a maioria no Senado. A disputa por apoio do ex-presidente já mobiliza vários pré-candidatos a senador e acirra a competição em redutos de eleitorado predominantemente conservador, como Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Numa demonstração prévia de sua força, a direita já conta com nomes competitivos em vários estados, como as deputadas do PL catarinense Caroline De Toni e Júlia Zanatta. No Rio Grande do Sul se destacam pré-candidatos como Marcel Van Hattem (Novo) e Luciano Zucco (PL). Para o maior colégio eleitoral do país, São Paulo, lideram os deputados Eduardo Bolsonaro (PL) – que também pode ser candidato a presidente – e Guilherme Derrite (Republicanos).
O lançamento de pré-candidaturas da direita para o Senado deixou mais desafiadora a escolha de Jair Bolsonaro (PL) por quais nomes apoiar em 2026. O desembargador aposentado Sebastião Coelho (DF) e o comunicador Marco Antônio Costa (MG) foram alguns que recentemente ampliaram a lista de opções e sondaram Bolsonaro em busca de aval político.
A entrada de Coelho e Costa no páreo reforça o discurso contra o ativismo do STF, principal bandeira conservadora na eleição para o Senado. Mas ela também eleva a pressão sobre a mediação de Bolsonaro em articulações internas pela definição de candidaturas majoritárias em locais onde postulantes do PL já se posicionaram.
Advogado de réu do 8/1 amplia a lista de opções da direita para o Senado em 2026
Nos últimos dias, o advogado Jeffrey Chiquini, filiado ao Novo, ganhou projeção por sua atuação na defesa de um dos réus no julgamento de suposta trama golpista, passando a ser alvo de especulações sobre possível candidatura ao Senado pelo Paraná em 2026.
Na sessão da Primeira Turma do STF de 20 de maio, Chiquini criticou duramente a denúncia contra o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, alegando inconsistências nas provas e erros da Polícia Federal (PF). Ele acusou o STF de parcialidade e de violar o devido processo legal.
A postura crítica de Chiquini ao STF, sobretudo a Alexandre de Moraes, tem chamado atenção de líderes políticos e de usuários das redes sociais, que o colocam como alternativa para o Senado. Em entrevistas, ele reafirmou que a Suprema Corte “governa o país” e defendeu reformas no Senado para conter seu poder. Em tom irônico, comentou que Lula teme a ascensão da direita após consultar uma “bola de cristal”.
Segundo analistas, a movimentação de nomes ainda não filiados ao PL para se candidatarem ao Senado pela direita, com ou sem estímulo de Bolsonaro, expõe uma disputa de crescente tensão. O apoio do ex-presidente, mais do que simbólico, virou ativo cobiçado num grupo político em que fidelidade e protagonismo contam.
Sebastião Coelho disputa indicação pelo DF com Michelle Bolsonaro e Bia Kicis
O desembargador Sebastião Coelho, ex-integrante do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, já havia sido sondado pelo PL no fim de 2024 para disputar o Senado por essa unidade da federação, apesar da resistência dentro do partido, que já tem a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro – que também é cotada para ser candidata a presidente – e a deputada Bia Kicis como opções preferenciais.
Restaria a ele concorrer a uma vaga de deputado federal, que não é a sua preferência. Diante desse cenário, ele decidiu se filiar ao Novo para concorrer ao Senado. O evento em Brasília de sua filiação está agendado para 10 de junho.
Notório por críticas ao STF e a Alexandre de Moraes — a quem já chamou de “ditador” e “inimigo da nação” —, o ex-magistrado ganhou projeção em protestos públicos e como autor de um pedido de impeachment contra o ministro no Senado.
Ex-advogado de réus do 8 de janeiro, como Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, Coelho condenou o “recuo covarde” do Congresso na votação do projeto de anistia. Alvo de investigação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por supostamente “incitar atos contra a democracia”, ele chamou os ministros do STF de “pessoas mais odiadas do país” diante dos próprios em sessão plenária.
Mais recentemente, Coelho foi detido na Corte após tentar ingressar em sessão de julgamento da Primeira Turma. Ao comunicar que estava deixando a defesa de Filipe Martins, ele avisou que tinha tomado a decisão porque precisaria continuar “a luta contra o Estado de exceção” em “outra frente”, sinalizando a disposição em disputar um cargo público.
No Distrito Federal há outro complicador na montagem das chapas da direita para o governo distrital e para o Senado. Como mencionado, Michelle Bolsonaro pode sair candidata ao Palácio do Planalto ou buscar uma vaga no Congresso, e o governador Ibaneis Rocha (MDB) também não vai desistir do projeto de tentar ser eleito senador pelo campo conservador.
“Superman” muda-se para MG, mas precisa vencer resistências do PL local
A pré-candidatura ao Senado por Minas Gerais do paulista Marco Antônio Costa, conhecido como “Superman”, com suposto aval de Bolsonaro, gerou desconforto no diretório mineiro do PL. Em entrevista recente à Rádio Auriverde, Costa disse que o ex-presidente deu sinal verde para ele iniciar as articulações para viabilizar seu nome, embora sem compromisso definitivo.
Na mesma entrevista, Costa criticou líderes locais do PL, chamando-os de “Centrão” e sugerindo que eles fugiriam da missão de enfrentar o STF diante de pressões de ministros. A fala foi rebatida por parlamentares do partido. O presidente estadual da legenda, deputado Domingos Sávio, também pré-candidato ao Senado, disse que a declaração foi “agressiva e desrespeitosa”.
Recém-chegado a Lagoa Santa (MG), Costa afirmou à Gazeta do Povo já ter agenda de eventos em Minas, organizada pela plataforma digital Fio Diário e pelo Freedom of Press and Expression Brasil (IFPE Brasil), braço do instituto americano pró-liberdade de expressão. “Tenho apoio de líderes locais e estou muito feliz com a recepção acolhedora dos mineiros”, disse.
Além de Domingos Sávio, outros pré-candidatos do PL mineiro a vagas no Senado – como o deputado federal Eros Biondini, o deputado estadual Cristiano Caporezzo, e o vereador de Belo Horizonte, Vile dos Santos – também reagiram à investida de Marco Antônio Costa, embora Vile tenha sido o único a defender a vinda dele para Minas no momento em que se intensificam os debates internos.
A disputa por uma das duas vagas ao Senado por Minas, segundo maior colégio eleitoral do país é estratégica para o PL. Sem o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), impedido de se candidatar a esse cargo por ter pouca idade, Bolsonaro cogitou lançar como candidato o ex-ministro da economia Paulo Guedes, antes de incluir Marco Antônio Costa na bolsa de apostas, iniciando o teste de viabilidade eleitoral.
O cenário local segue indefinido. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) ensaia aproximação com o PL e lançou publicamente Vile ao Senado. Nos bastidores, a candidatura de Cleitinho ao governo de Minas ganha força, embora aliados o vejam melhor no Legislativo. Já Nikolas Ferreira reafirmou que tentará novamente uma vaga na Câmara dos Deputados e negou o rumor de mudança para São Paulo.
Definição de candidaturas depende de costuras com líderes partidários locais
Adriano Cerqueira, professor de Ciências Políticas do Ibmec-BH e da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), acredita que a definição das candidaturas de direita e centro-direita dependerá, na maioria dos estados, do apoio efetivo dos principais líderes partidários e dos políticos influentes sobre o eleitorado. Isso tudo terá que ocorrer de forma combinada com as escolhas de candidatos para as disputas dos governos estaduais.
No caso de Minas, ele destaca o papel central de Bolsonaro e do governador Romeu Zema (Novo) para resolver o quadro tumultuado. “O lado da direita e centro-direita terá muita disputa e o Superman só a aumenta. Mas todos os nomes terão dificuldades por dependerem do consenso partidário, contemplando as sucessões tanto estadual quanto presidencial”, avalia.
Cerqueira aponta o surgimento de nomes fortes no campo conservador para a disputa ao Senado por Minas, mas ressalta a incerteza quanto à definição das candidaturas. O senador Carlos Viana (Podemos), por exemplo, pode concorrer à reeleição com apoio de Bolsonaro. Já a principal aposta do governador Zema é seu secretário de Governo, Marcelo Aro (PP).
“De toda forma, as redes sociais terão papel decisivo para que nomes alcancem projeção estadual em um eleitorado regionalmente fragmentado. Nesse sentido, até o paulista Marco Antônio Costa poderá ter uma chance de ser escolhido, com apoio de líderes locais”, avalia o especialista.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/cresce-o-temor-de-lula-e-do-stf-com-avanco-conservador-do-senado-na-eleicao-de-2026/
PGR diz que manutenção de prisão de Braga Netto é “adequada” e “proporcional”

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta segunda-feira (2) a manutenção da prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro, preso em dezembro de 2024 por obstrução de justiça no âmbito da investigação da suposta tentativa de golpe de Estado.
Ele foi acusado de tentar obter dados sigilosos da delação do tenente-coronel Mauro Cid. O parecer foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). No último dia 28, a defesa voltou a pedir a soltura do general em um agravo regimental.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reafirmou que a prisão deve ser mantida para preservar o curso do processo e não pode ser substituída por medidas cautelares. Gonet destacou que a prisão ainda é a medida “adequada” e “proporcional”. O ministro Alexnadre de Moraes, relator do caso, rejeitou o último pedido de liberdade apresentado pelos advogados de Braga Netto no último dia 22.
“A gravidade concreta dos delitos, a lesividade das condutas e os perigos de reiteração delitiva e de obstáculo à instrução criminal são motivos suficientes a evidenciar a contemporaneidade e justificar a manutenção da custódia cautela”, disse Gonet.
A defesa argumentou que o recebimento da denúncia descaracterizava o fundamento da prisão cautelar, pois revela “um novo contexto fático-processual, diverso do momento em que foi julgado o primeiro agravo regimental”.
“Reitera-se, ainda, que o oferecimento da denúncia não afasta automaticamente o perigo de interferência indevida na instrução criminal, cujo curso regular deve ser resguardado até a sua conclusão, notadamente para o correto entendimento da extensão das condutas dos envolvidos”, rebateu o procurador-geral.
“O quadro fático denota, assim, risco de continuidade delitiva por parte do investigado, o que traz à espécie o elemento de contemporaneidade”, acrescentou.
O PGR apontou que o “recurso interposto não apresenta novos argumentos capazes de alterar o entendimento anteriormente firmado no acórdão proferido pela Primeira Turma” no dia 26 de março, quando a denúncia foi recebida.
Gonet disse que a denúncia “revelou o papel proeminente do denunciado na estrutura criminosa” e reiterou que Braga Netto “atuou para incitar militares e angariar apoio à tentativa de golpe de Estado”.
O parecer aponta que “medidas cautelares diversas da prisão não seriam suficientes para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal ao caso”.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/pgr-diz-que-manutencao-de-prisao-de-braga-netto-e-adequada-e-proporcional/

Quando o sobrenome pesa mais do que qualquer crime

Muita gente estranhou que, ontem, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, tenha ido à Polícia Federal para falar mal do Eduardo Bolsonaro. Ele é considerado, de fato, aquele que colabora com a Justiça. Foi até lá para reforçar a acusação contra Eduardo Bolsonaro, alegando que ele foi aos Estados Unidos para instigar o governo americano, a Casa Branca, contra Alexandre de Moraes, com o objetivo de enfraquecer a posição do ministro ao julgar Jair Bolsonaro. Mas não precisa, não é? Já julgou. Só vão fazer o ritual do julgamento. Todo mundo já sabe qual é o resultado.
Aliás, na próxima segunda-feira começa o interrogatório de Jair Bolsonaro, dos generais de quatro estrelas Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio, além do almirante de esquadra Almir Garnier, que foi comandante da Marinha, e também do deputado Alexandre Ramagem — não sei por que há um deputado lá. Também serão ouvidos o secretário de Segurança e ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e o coronel Cid. Braga Netto será ouvido no Rio de Janeiro, por videoconferência, onde está preso desde 14 de dezembro, sem condenação, sob o argumento de que representaria risco de interferência. Um general quatro estrelas. Mas tem coisa pior.
Bolsonaro foi convocado para depor no inquérito que está acusando Eduardo Bolsonaro de ter ido a Washington pedir que o governo americano aplicasse a Lei Magnitsky aqui no Brasil. Vão perguntar a Jair Bolsonaro se ele mandou o Eduardo para lá, se é ele quem está sustentando o Eduardo, se o Eduardo está recebendo ordens dele — para, no fim, incriminar o Eduardo?
Engraçado que eu sempre soube — não direi desde criancinha, mas qualquer pessoa que se interesse por leis e pelo direito – jornalistas devem se interessar — que um pai não pode depor contra o filho. Ele pode ser chamado, isso não é ilegal, mas não é obrigado a depor. Pode até se recusar. Um pai não vai incriminar um filho, assim como um filho não vai incriminar uma mãe. Todo mundo sabe que pai e mãe defendem seus filhos em qualquer situação. A exceção é raríssima. Isso está no Código de Processo Penal: o parente de primeiro grau tem essa flexibilidade. “Não quer falar? Não fala.” Mas lá está Bolsonaro, convidado — o que é muito estranho.
Retratos da Corrupção
Bom, mas falamos do grande escândalo brasileiro: bilhões roubados de velhinhos e velhinhas, aproveitando-se do fato de que eles não têm acesso ao controle de seus contracheques na Previdência, sem saber o que fizeram com o dinheiro deles. A Advocacia-Geral da União pediu o bloqueio de R$ 2,5 bilhões — ou seja, metade da verba roubada — de 12 entidades e 60 pessoas.
Agora, uma juíza federal do Distrito Federal mandou bloquear, em duas empresas de consultoria, quase R$ 24 milhões. É uma gota num oceano de R$ 6,6 bilhões.
E, só para concluir, tenho falado muito aqui sobre o crime tomando conta do Brasil, agora exercendo atividade econômica — seria o quinto maior grupo empresarial do país. O Estadão publicou uma entrevista com o procurador antimáfia da Itália, que falou sobre a operação “Samba Mafiosi” — “Samba” porque é Brasil. A operação mostrou PCC e máfia juntos, lavando dinheiro em apostas online, com apoio de políticos e transferências de dinheiro feitas apenas virtualmente.
Ele citou um banco subterrâneo chinês — underground banking, foi a expressão usada. A pessoa deposita aqui, entrega o dinheiro aqui, e, lá na Europa, recebe o valor em euros — sem problema.
Acho que os legisladores brasileiros precisam se alertar para essa realidade. Estão se aproveitando das leis lenientes que eles mesmos criaram.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/quando-sobrenome-pesa-mais-qualquer-crime/
Prazo de Moraes à PF está acabando e uma pergunta continua sem resposta…

Está chegando ao fim o prazo que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu à Polícia Federal para tomar o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Moraes estabeleceu o prazo de dez dias.
A medida atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou a abertura de uma investigação com base em possíveis ações do parlamentar nos Estados Unidos que teriam o objetivo de deslegitimar o Judiciário brasileiro.
Segundo Moraes, a convocação de Jair Bolsonaro se justifica pelo fato de ele atuar como “responsável financeiro” do filho nos EUA e também por ter sido, conforme declarou o ministro, “diretamente beneficiado pela conduta descrita”.
Porém, o ministro parece ter esquecido de um “pequeno” detalhe… Em suas redes sociais, o jornalista Paulo Figueiredo revelou qual é este detalhe:
“Tenho curiosidade sobre como a PF vai intimar para depor alguém no exterior em 10 dias…. kkkkk”
Eis a questão…
INSS do Lula: Mais uma falcatrua vem à tona e o escândalo só piora (veja o vídeo)

Por apenas R$ 150 é possível ter uma lista com 500 pessoas cadastradas no sistema do INSS com os seguintes dados: Nome completo, CPF, data de nascimento, endereço completo, nome da mãe, valor da aposentadoria, telefones, e-mails.
As listas são vendidas para advogados e contemplam todos os estados brasileiros. Um pacote com até 10 mil nomes sai por R$ 450; um estado completo, por R$ 600.
A revelação foi feita pela CNN.
O público-alvo é formado por advogados que usam dos dados para prospectar clientes e abrir processos.
O uso desses compilados de dados obtidos de forma ilegal é vetado pela OAB.
A ação ainda fere a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que impede o uso de informações pessoais sem o consentimento dos titulares dos dados.
Veja o vídeo:
Lula se mostra pessimista e prevê semana de derrotas no Congresso

Na reunião desta segunda-feira (2) com os ministros Sidônio Palmeira (Secom) e com Rui Costa (Casa Civil), Lula (PT) cobrou dos seus auxiliares ações para tirar o governo das cordas. Sangrando com o escândalo do roubo aos aposentados, situação agravada com a trapalhada de Fernando Haddad (Fazenda) e o aumento de imposto sem falar com os colegas, o petista fez previsão nada otimista: antes do recesso do Congresso, dia 18, o governo vai apanhar ainda mais.
Liberou geral
Lula avalia que o Congresso vai aproveitar o recesso para avançar com pautas caras ao governo, como as mudanças das regras ambientais.
Cadê Marina?
Pela data anunciada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), para a votação, véspera do recesso, a derrota também é esperada.
Crise pós-recesso
Pesquisas internas do governo mostram a popularidade de Lula ainda em queda. Deve piorar com a instalação da CPMI do roubo do INSS.
Pega leve
O governo quer dividir com o Congresso uma solução ao IOF e mitigar outra surra nas redes sociais, que se avizinha com a queda do decreto.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/governo-preve-semana-de-derrotas-no-congresso
Lula perde para Bolsonaro, Michelle e Tarcísio, no E. Santo

Mais uma pesquisa estadual para presidente aponta que Lula (PT) perderia a disputa para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas também para a ex-primeira-dama Michelle e para o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep). No Espírito Santo, Lula teria 29,5% a 46,1% de Bolsonaro no primeiro turno, com margem de erro de 2,6%, registra o Paraná Pesquisas. Contra Michelle, o petista perde por 29,8% a 38,5% e aparece com 29,8% a 30,4% de Tarcísio de Freitas.
Bolsonaro venceria Lula por 46,1% a 29,5%:

Pesquisa nacional AtlasIntel do dia 30 aponta vitória dos três candidatos contra Lula, assim como Paraná Pesquisas no Mato Grosso do dia 24.
O Paraná Pesquisas registra que 57,2% dos eleitores rejeitam o governo Lula, enquanto apenas 39% aprovam a administração petista.
Michelle venceria Lula por 38,5% a 29,8%:

Por margem menor, Tarcíso venceria Lula: 30,4% a 29,8%

O Paraná Pesquisas ouviu 1.522 eleitores entre 28 e 31 de maio em 45 municípios do Espírito Santo.
Receita erra em 3 milhões estimativa de declarações

A Receita Federal enfrenta uma saia justa inédita, após errar, pela primeira vez, na estimativa do número de declarações de Imposto de Renda que deveriam ter sido entregues até a data-limite. A previsão era que 46,2 milhões de declarações seriam entregues até sexta-feira, de 30 de maio, mas foram 43,3 milhões, 3 milhões menos. O problema agora é explicar isso. O mercado suspeita que o governo Lula (PT) inflou a previsão para manipular dados, a fim de “melhorar” números sobre rendimento. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Historicamente, o número de declarações entregues sempre superou as expectativas. O volume era maior ao final do período de entrega.
Três milhões a menos de declarações entregues são, em tese, daqueles que deveriam ter recebido, em 2024, acima de R$33.888. O que houve?
A Receita informou que ainda analisa o perfil desses contribuintes para saber se estavam ou não obrigados a apresentar a declaração
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