Consórcio Lula-STF conseguiu o que queria: poder mandar censurar o que quiser

J.R. Guzzo

O Brasil está indo para o diabo, por uma combinação de incompetência estrutural em Brasília, vadiagem orgânica e o pior caso de más intenções jamais visto neste país. O governo conseguiu o prodígio de não realizar uma única e escassa obra pública, nem um abrigo de ônibus. Rouba-se desesperadamente – até de aposentados indefesos, e o irmão do presidente da República está metido até o talo na ladroagem. O Tesouro Nacional está na Vara de Falências e o ministro Taxad quer mais imposto; se o governo gasta mais do que pode, o problema é seu, senhor contribuinte – já pode ir pagando a diferença. Só dá ruim, em tudo. Mas o governo Lula só pensa “naquilo”: fake news, ou melhor, censura.

Seu parceiro de consórcio, o STF, já “formou maioria” para implantar a censura no Brasil – potencialmente, a pior que este país já viveu, pois o propósito não é pegar a imprensa (para quê?), e sim milhões de cidadãos brasileiros que passam a ser proibidos de se expressar e de se informar livremente nas redes sociais. Estava escrito que seria assim, e assim foi. Somos, a partir de agora, possivelmente o único país do mundo em que o mais alto tribunal de Justiça decreta que toda uma área da sociedade – as redes sociais – está fora do alcance dos juízes e da proteção da lei.

Aualquer guarda noturno, se tiver carteirinha do PT, pode mandar as empresas censurarem o que lhe der na telha. Se não obedecerem, terão de pagar multas de bilhão ou de trilhão ou quatrilhão por minuto

Plataformas e usuários, até hoje, só eram obrigados a fazer ou deixar de fazer alguma coisa por força de sentença judicial. Essa situação, no entender do consórcio Lula-STF, fazia da internet uma “terra sem lei” – a casa de Maria Joana onde cada um faz o que bem entende e as multinacionais se entopem de “lucros”. É o oposto.

As redes sociais até agora estiveram sujeitas a todas as leis brasileiras, mais o Marco Civil da Internet, cujo artigo 19 determina que a supressão de conteúdos será feita sempre que a Justiça mande fazer. Sem lei o Brasil fica agora: qualquer guarda noturno, se tiver carteirinha do PT, pode mandar as empresas censurarem o que lhe der na telha. Se não obedecerem, terão de pagar multas de bilhão ou de trilhão ou quatrilhão por minuto etc.

O STF decidiu que o artigo 19 do Marco Civil é “inconstitucional”. Como pode ser contrário à Constituição um dispositivo que coloca possíveis conflitos sob apreciação da Justiça? Estamos, aí, em plena anarquia demente. É o ambiente ideal de Lula, Janja e de toda a extrema esquerda que não admite, e nunca admitiu na história, a liberdade de expressão. Alguém já viu algum país “socialista” aceitar a livre manifestação de seus cidadãos? Isso não existe. Lula, aliás, deixou claro o modelo de censura que quer para o Brasil – é o modelo chinês. Já pediu, até, para o presidente da China mandar ao Brasil um funcionário da “sua confiança” para ensinar o governo brasileiro a censurar a internet.

Nada poderia dar uma ideia melhor do que o que o governo Lula vai considerar fake news que a ira do ministro da Fazenda em relação à calamidade em tempo real da sua área. Indignado, ele houve por bem dar como exemplo de “notícia falsa” o vídeo do deputado Nikolas Ferreira sobre a trapaça que se armava na sua área contra os usuários do Pix. O vídeo teve 300 milhões de visualizações e a trapaça precisou ser abortada. E sabem o que o ministro acaba de dizer a respeito? Que o vídeo só pode ser fake, porque não há 300 milhões de pessoas capazes de falar português no mundo. Quer dizer: não apenas querem censurar, mas querem censurar dando esse tipo de boçalidade como justificativa. Aí fica difícil.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/lula-stf-censura-marco-civil-redes-sociais/

Alexandre Garcia

Qual deputado maluco vai votar contra o pagador de impostos?

Neste fim de semana o presidente Lula reconheceu que não tem votos suficientes na Câmara. Ele já disse isso muitas outras vezes, que pode contar com no máximo 200. Na hora de aumentar impostos, um ano antes de uma eleição, qual é o deputado maluco que vai votar contra o pagador de impostos?

Ele agora falou de novo, porque está difícil para o governo. Nem liberando emendas em troca de votos estão conseguindo mais apoio. O que eu penso é que muita gente fala mal dos eleitores, que eleitor vota mal, mas, se a gente olhar, o conjunto é a sabedoria popular. Vota em um presidente, mas não lhe dá maioria no Congresso para que ele não seja um ditador.

Porque um presidente da República que tiver maioria no Congresso, com parlamentares sempre votando a favor dele, pode embarcar em qualquer aventura totalitária ou fiscal a favor do presidente. Esse freio é bom para a democracia. Assim como é boa a alternância de poder: sai um lado, entra outro. Se um lado quer fazer censura, faz uma lei da censura, depois o outro é que vai poder desfrutar da lei da censura para censurar quem a fez. Então isso é bom.

Que bom que Lula não tem maioria para aumentar mais impostos

Não ter maioria para aumentar imposto é ótimo, porque chega. Nós pagadores de impostos não aguentamos mais pagar imposto e não receber bons serviços públicos. É só para isso que serve o imposto: para sustentar o nosso servidor, que é o Estado, nos prestar bons serviços de ensino, de saúde, de Justiça, de segurança, de infraestrutura.

É só para isso que serve o Estado, para prestar serviços públicos. Não é para se encastelar e exercer o poder, é para prestar serviço. O presidente da República também se chama o primeiro mandatário da nação. Todos nós somos os mandantes, ele é o primeiro mandatário. Os deputados, senadores, prefeitos, vereadores, governadores são nossos mandatários.

Por que ninguém ainda foi preso por fraudar a Previdência?

Outra coisa muito estranha: nós mandantes, pagadores de impostos, estamos estranhando como o governo está tratando a Previdência, que fez descontos sem autorização dos descontados, aposentados, idosos, que têm impedimentos para verificar que estavam sendo descontados. Covardia. Até agora, ninguém foi preso preventivamente para não esconder as provas, não alterar os comprovantes das coisas erradas que fizeram. Ninguém foi condenado a devolver o dinheiro que descontou, que recebeu.

É o contribuinte, é o Estado que vai pagar? Mas foram eles que receberam o desconto indevido. Eles têm que devolver tudo isso, e não o Estado brasileiro. Por que alguns têm essa leniência, essa benevolência do Estado, e outros são imediatamente presos porque uma senhora pintou com batom uma frase de um ministro numa estátua de granito que lavaram logo depois? Pichação é tão grave assim? Não foi nem pichação, aquela pichação que é difícil de sair, de betume preto.

Quase não se fala sobre atentado contra Uribe na Colômbia

Vi agora que prenderam mais uma pessoa na Colômbia. Depois de um cúmplice, que já está preso, prenderam agora uma mulher que estaria por trás do jovem de 14 anos que deu três tiros na cabeça do Miguel Uribe, de 39 anos, que ainda está no hospital, em situação gravíssima e certamente vai ter sequelas que o impedirão de voltar à política. Ele seria o futuro presidente da Colômbia. O esquerdista Petro, que é o presidente, se enrola todo para dar explicações. Está quase culpando a vítima por ter recebido três tiros.

Eu vi uma notícia no Estadão. A Colômbia é nossa vizinha. Por que estão escondendo, omitindo? Eu não consigo entender isso. Esse desequilíbrio das reuniões de pauta que decidem o que o povo pode ler no nosso jornal, o que o povo ou não pode, o que a nossa audiência pode ouvir na nossa TV, o que a nossa audiência não pode.

Na rede social pode tudo, quem não quer, não veja. Quem não quer ouvir gritaria, ofensas, como eu não gosto de ouvir, não segue certas pessoas. Aqueles que mentem, eu também não sigo. Pessoal que inventa casos mil de guerra, de política, de tudo, eu não vejo. Essa é a censura natural. Essa é natural, essa é permitida. A decisão de cada um de nós.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/qual-deputado-maluco-vai-votar-contra-o-pagador-de-impostos/

Luís Ernesto Lacombe

Golpe é…

Tudo no Brasil está sendo chamado de “golpe”, menos aquilo que é realmente golpe. (Foto: Imagem criada utilizando Whisk/Gazeta do Povo)

No fim do século 20, jornais de mais de 60 países, inclusive o Brasil, publicavam tirinhas com desenhos, feitos por uma neozelandesa, de um casalzinho que explicavam o que era o amor… No alto da ilustração, lia-se: “Amar é…” E, a cada publicação, havia uma definição sempre romântica, poética, singela… Essa época passou… Hoje, no Brasil, o que se completa é a frase que começa assim: “Golpe é…” Para que ninguém viva feliz para sempre.

É triste perceber que, numa tirania aparentemente sem fim, as definições para golpe vão sendo feitas da maneira mais abjeta possível. Escolhi, então, abrir a série dessa forma: golpe é… criar um inquérito ilegal, inconstitucional, sem objeto que se possa verdadeiramente definir, um inquérito sigiloso, viciado, com relator escolhido a dedo, e não por sorteio, que não segue o devido processo legal, que cerceia a defesa…

Golpe é… criar aberrações jurídico-persecutórias, violando sem dó nem piedade a Constituição, as leis, todos os princípios do Direito

Golpe é… multiplicar em muitos um inquérito interminável, que arrasta qualquer um para a perseguição política implacável, numa corte que é ao mesmo tempo suposta vítima, acusadora, investigadora e julgadora. Golpe é… usar esses inquéritos para suspender liberdades, espalhar o terror, impor o medo, silenciar, prender, eliminar. Golpe é… criar essas aberrações jurídico-persecutórias para fazer corar os maiores tiranos da história, violando sem dó nem piedade a Constituição, as leis, todos os princípios do Direito. Golpe é… criar um tribunal de exceção.

Golpe é… libertar um condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em três instâncias, com “provas sobradas”, por unanimidade no Tribunal Regional Federal e no Superior Tribunal de Justiça. Golpe é… permitir que esse sujeito seja candidato a presidente, e ainda apoiá-lo descaradamente na campanha. Golpe é… ajudar o “descondenado” a cometer as maiores atrocidades como gestor público, esmigalhando o Poder Legislativo. Golpe é… o Congresso acovardado, permitindo todo tipo de abuso, arbítrio e ilegalidade.

Golpe é… inventar um golpe que nunca foi sequer planejado e, portanto, nunca foi tentado. Golpe é… condenar inocentes ou baderneiros bissextos como se fossem os bandidos mais perigosos do mundo. Golpe é… jurar que defende a democracia, quando a despedaça como se quisesse impedir para sempre sua restauração. Golpe é… oficializar a censura, com elogios descarados a uma ditadura e a ditadores sanguinários.

Golpe é… indicar amigos para a suprema corte, descumprindo promessa de campanha, e fechar aliança com a máxima instância do Judiciário. Golpe é… inchar o Estado indefinidamente, gastando muito além de todos os recursos dos pagadores de impostos. Golpe é… provocar o aumento da inflação, da taxa de juros, do déficit fiscal, da dívida pública, da fuga de capitais, do número de recuperações judiciais de empresas, de falências. Golpe é… quebrar estatais, empresas de capital misto e fundos de pensão. Golpe é… aumentar impostos, e aumentar impostos, e aumentar impostos.

Golpe é… roubar aposentados e pensionistas. Golpe é… fingir que combate a criminalidade, quando se opõe a medidas mais duras contra os bandidos, quando se opõe ao enquadramento de facções criminosas como grupos terroristas. Golpe é… apoiar terroristas e atacar grandes democracias do planeta. Golpe é… fingir-se de incompetente, quando na verdade o que se quer é mesmo a derrocada do país. Golpe é… transformar milhões de brasileiros em dependentes das “migalhas do Estado”. Golpe é… governar o Brasil por quase 17 anos, nos últimos 22, e botar nos outros a culpa por toda a desgraça do país.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luis-ernesto-lacombe/o-que-e-golpe/

Roberto Motta

As melhores intenções e as perversas e imprevistas consequências das leis

O humorista Léo Lins foi condenado com base na chamada Lei Antipiadas. (Foto: Reprodução / YouTube / Léo Lins Oficial)

É fácil conhecer os motivos que justificaram a criação de uma lei. Mas é impossível prever como a lei será usada. Muitas vezes ela é aplicada de forma completamente diferente – às vezes oposta – à intenção original. É fácil entender por quê.

Imagine um caso de grande repercussão envolvendo consumo de comida estragada em um restaurante. A visibilidade do episódio motiva parlamentares a agir. Eles prontamente aprovam uma legislação ultra severa sobre higiene alimentar. A lei determina penalidades duras – como multas e fechamento – para qualquer restaurante que não obedeça a uma série complexa de regras. Os parlamentares ficam satisfeitos, posam para fotografias e postam vídeos em suas redes. Um problema que afligia os cidadãos foi aparentemente resolvido.

O efeito de qualquer lei que restrinja a liberdade de expressão, seja qual for a alegação, é sempre tornar todos os cidadãos reféns dos políticos e de elementos do sistema de justiça criminal que se enxergam como ativistas da justiça social

Só que não. A consequência imprevista da lei é que as regras complexas são impossíveis de serem cumpridas, por mais cuidadoso que o restaurante seja. Regras complexas são uma oportunidade para fiscais. Como é praticamente impossível cumprir as regras, fiscais mal-intencionados conseguem extorquir comerciantes. O texto que foi orgulhosamente aprovado pelos parlamentares é tão vago e confuso que basta um rótulo de embalagem desalinhado para o estabelecimento ficar sujeito a uma multa vultuosa. O resultado da lei é completamente diferente do planejado: ao invés de servir como instrumento de proteção da saúde dos cidadãos a lei se torna instrumento de extorsão de empreendedores.

Esse não é um caso isolado. Na verdade, como explica Thomas Sowellessa é a regra. É fácil saber as razões que motivaram a criação de uma lei, mas é impossível prever como ela será usada.

Infelizmente a maioria dos parlamentares – incluindo parlamentares que se dizem “de direita” – não sabe disso. Eles continuam aprovando leis cujo único efeito é tornar a vida de cidadãos e empresas mais difícil, ou ainda pior, que servem como arma para os inimigos da liberdade. Esse é o caso da lei “antipiadas”.

Essa lei foi aprovada no Congresso com o voto de alguns parlamentares cujas credenciais estão acima de qualquer suspeita. Ainda assim, a lei que eles aprovaram foi usada para condenar um comediante a mais de oito anos de prisão em regime fechado. Essa é a falta que uma leitura de Thomas Sowell faz.

O efeito de qualquer lei que restrinja a liberdade de expressão, seja qual for a alegação, é sempre tornar todos os cidadãos reféns dos políticos e de elementos do sistema de justiça criminal que se enxergam como ativistas da justiça social. Os sistemas de justiça criminal das democracias ocidentais estão cheios desses ativistas, robôs marxistas alimentados desde a infância com uma dieta de pauta identitária, teoria crítica e fervor revolucionário.

Até para escrever um artigo como esse é preciso cuidado. Portanto, vamos dizer de forma cuidadosa, mas clara: a absoluta maioria das iniciativas de proteção de minorias não tem como objetivo proteger ninguém, mas sim criar gatilhos que possam ser disparados contra os adversários políticos da esquerda. Prestem atenção: é praticamente impossível encontrar, nesses ativistas identitários exacerbados, uma posição firme contra o crime violento. A maioria deles compartilha da visão marxista de que o criminoso nada mais é do que um produto do seu meio, um inocente refém de forças econômicas poderosas. O criminoso não queria matar, estuprar ou sequestrar: foi a sociedade que o obrigou.

A criminalização da opinião tem outro efeito igualmente perverso. Quando tudo é crime, nada é crime – e a consequência é que as cadeias, ao invés de serem ocupadas por estupradores, assaltantes e sequestradores, serão ocupadas por pessoas que fizeram uma piada, um comentário, ou colocaram um emoji no grupo de WhatsApp.

Não é surpresa constatar que parlamentares conscientes e bem-intencionados caíram nessa armadilha. A maioria da sociedade corre o mesmo risco. A pauta identitária transformou preocupações legítimas em instrumentos de guerra política, criados para serem usados contra qualquer um que discorde da visão marxista do mundo. Diante desse sequestro canalha de bons ideais, a reação da maioria das pessoas é aplaudir ou concordar. Perceber o jogo sinistro por trás dessa agenda exige conhecimento e reflexão.

A tentação populista de dar respostas rápidas (e erradas) a determinadas situações ainda vai dominar por muito tempo os homens públicos. Mas a ideia de o Estado como pai de todos e resolvedor universal de problemas é uma ideia mentirosa, que se desfaz diante dos nossos olhos. O Brasil tem leis demais, a maioria delas inúteis ou criadas com o único objetivo de dar ao Estado maior poder de coerção e extorsão. Thomaz Sowell ainda está vivo e sempre disposto a explicar isso a quem quiser ouvir.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/roberto-motta/melhores-intencoes-perversas-imprevistas-consequencias-das-leis/

Polzonoff

Acho (só acho!) que estão brincando com a sua esperança. De novo

Gilmar Mendes: “貓是什麼顏色不重要,重要的是它是否知道如何捕鼠” (Foto: ChatGPT)

Caro leitor,

Um ministro do Supremo Tribunal Federal. Não, mais do que isso. O decano do Supremo. O homem que manda tanto, tanto, tanto que manda até na CBF. Sim, estou falando dele mesmo, Gilmar Mendes. O ministro Gilmar Mendes perdeu qualquer resquício de pudor e, falando em nome dos demais ministros da Corte, que não o refutaram, disse que todos ali eram são admiradores de Xi Jinping.

Disse mais, Gilmar Mendes. Citou um aforismo cujo teor acho que não foi devidamente esmiuçado pelos analistas que tenho lido. “Não importa a cor do gato, o que importa é se ele sabe caçar ratos”, diz a frase, que na verdade é de outro líder comunista chinês, Deng Xiaoping – como corrigiu de pronto o mui culto presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Para você ter uma ideia, Xiaoping foi quem ordenou o Massacre da Paz Celestial.

Sanções e Lei Magnitsky

Para além da gravidade que é citar Xi e Deng e confessar sua admiração por um regime assassino e controlador, o dito em si chama a atenção porque evoca uma lógica utilitarista e consequencialista. É a versão sábio-chinês da máxima maquiavélica segundo a qual “os fins justificam os meios”. Por mais inconstitucionais, antiéticos, anticivilizatórios e até anticristãos que sejam esses meios.

Assistindo à cena e ouvindo essas palavras, me lembrei prontamente de certo influencer que vive de atiçar a esperança da direita. O nome dele você pesquisa aí. Está cheio. Não, não é esse. É outro. Esse sujeito específico em que estou pensando agora é o das 72 horas, do tique-taque, da bala de prata, da bomba, do urgente, e, mais recentemente, das sanções e da lei Magnitsky.

Peteca

É alguém que vive de brincar com a esperança da direita. Com a sua esperança. É alguém que vive de manipular a indignação, de atiçar o desejo imediatista de revolução, de anunciar uma virada de mesa, de te fazer acreditar que ele tem informações privilegiadíssimas e tudo-será-resolvido-num-passe-de-mágica. E, quando você abrir os olhos, estará vivendo num Paraíso direitista. Ou conservador. Ou bolsonarista. Sei lá.

Ora, até entendo que alguém tenha que ficar ali na beirada do campo incentivando os jogadores a não deixarem a peteca cair. Mas essa é uma função que, se não for exercida com o máximo rigor ético, vira perversidade. Vira sadismo e irresponsabilidade. Porque tem gente deprimida e desesperada. Gente que não aguenta nem mais um revés – e infelizmente o futuro promete muitos.

Óinc, óinc

Mas o pior nem é isso. O pior é que tem quem goste de ser ludibriado. Tanto é assim que, sempre que alguém clama por razão, bom senso e um pouco de calma e paciência em meio a esse caos de falso otimismo e esperança, esse alguém é chamado de invejoso, de pessimista, de estraga-prazeres, de derrotista. Pronto. Taí. Te poupei de ter de fazer um comentário ofensivo.

Não sou nenhuma dessas coisas. Ao menos não me vejo assim. Espero que não seja. Só acho que os mercadores de falsas esperanças deveriam ser cobrados por cada (óinc, óinc) factoide que nos induz à crença eufórica de que em breve estaremos livres da caquistocracia que nos governa. Mas, talvez porque nos dê prazer ansiar pelo inesperado que nos tirará desta situação logo, amanhã, hoje, vamos deixando passar. E tome bomba!, tique-taque, sanções, lei Magnisty e o escambau.

Inverno do nosso descontentamento

Mas, por favor. Leia isso tendo em mente que sou desses que acreditam que viverão para ver certas pessoas condenadas a cem anos de prisão por, no mínimo, abuso de autoridade. Além do mais, confesso que não sou imune ao otimismo irracional e por isso volta e meia também me pego acreditando nessas esperanças tolas. Ou seja, compreendo muito bem o pico de dopamina que elas causam em quem tem sede de justiça.

O problema é que, depois de ver o decano do Supremo declarando seu amor ao que o regime comunista chinês tem de pior, e falando em nome dos demais ministros, ainda por cima, me sinto na obrigação de te dizer pra ir com calma, não se animar muito, se preparar para o tranco e economizar nas expectativas. Porque, com esse STF que está aí, será longo, frio e escuro o inverno do nosso descontentamento.

Um abraço melancolicamente solidário do
Paulo

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/brincando-com-esperanca/

Oposição aposta em derrota de ‘maquiagem fiscal’ criada por Haddad

Deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) – Foto: Podcast do Diário do Poder.

Parlamentares evitam um placar, mas dão como certa a derrota do pacote de perversidades do Ministério da Fazenda impondo aumento de impostos para cobrir o rombo bilionário do governo Lula. O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) acha que o Congresso rejeitará. “Esse governo continua inventando formas de arrancar mais do bolso do brasileiro”, disse o senador Jorge Seif (PL-SC). Para ele, o governo petista “não sabe cortar privilégios, só sabe aumentar imposto”.

Proposta equivocada

O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) afirma que é equívoco taxar LCI e LCA, que financiam o agro e o setor imobiliário.

Não é ajuste

“Preferem aumentar a carga tributária de forma disfarçada (…) Isso não é ajuste fiscal, é maquiagem”, avalia Luiz Philippe.

Pacote não passa

“Não há qualquer possibilidade de aceitarmos novos aumentos de impostos”, disse à coluna o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS).

Passando a mão

A indignação contra o pacote de Malddad é geral entre deputados e senadores também por roubar mais uma prerrogativa do Legislativo.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/oposicao-aposta-em-derrota-de-maquiagem-fiscal-criada-por-haddad

Ministra de Lula é vaiada em sua cidade, Três Lagoas

Simone Tebe, ministra do Planejamento – Foto: Roque de Sá.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet foi vaiada neste final de semana em sua cidade natal, Três Lagoas, cidade a 327 Km de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, durante evento de comemoração aos 110 anos do município. A presença da ministra foi mal recebida pelo público que acompanhava o desfile cívico de aniversário.

Assim que ela começou a falar, os burburinhos começaram e chegaram ao ponto de a ministra dar uma pausa. Simone ainda estava no cumprimento das autoridades quando interrompeu discurso até que as vaias parassem, segundo informa o site MSemBrasília, parceiro do Diário do Poder.

Mesmo em Mato Grosso do Sul, seu estado, Simone Tebet tem ido somente a eventos que tenham a participação do governador Eduardo Riedel (PSDB). Para justificar o uso de jatinhos da FAB, a ministra sempre “cria” agendas para viajar ao Estado. Assim como outros ministros do governo Lula, Tebet evita viajar em voos comerciais, justamente para evitar as vaias dos outros passageiros.

Depois que as vaias diminuíram, Simone Tebet continuou seu discurso, dizendo ser filha do município e responsável pelo atual destaque da cidade em relação ao reconhecimento nacional e internacional como polo da celulose. A pedra fundamental da primeira fábrica foi lançada quando ela era a prefeita.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/politica/ttc-politica/ministra-de-lula-e-vaiada-em-sua-cidade-natal-tres-lagoas

Advogado de Mauro Cid manda Gonet se danar

O pedido de prisão da Procuradoria-Geral da República contra o delator Mauro Cid parece ter irritado a defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Parentes do militar viajaram para os Estados Unidos, o que a PGR interpretou como risco de fuga de Cid. O delator no inquérito que apura um suposto “golpe” de Estado foi chamado para explicar a viagem dos parentes, o que motivou a irritação do advogado Cezar Bitencourt.

“Dane-se o PGR [Paulo Gonet]. A vida do Cid segue indiferente à existência do processo”, disse o defensor ao jornal Folha de São Paulo.

Após repercussão da declaração, Bitencourt se retratou. “Peço desculpas pela expressão equivocada”.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/advogado-de-mauro-cid-manda-gonet-se-danar

Em meio à crise do IOF, Haddad entra em férias

Sem ter a questão do aumento da cobrança do IOF resolvida, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entrou de férias nesta segunda-feira (16) e deixou o problema para ser resolvido pelos auxiliares.

Haddad fica afastado do cargo até o dia 22 de junho. Quem substitui o petista é o secretário-executivo do ministério, Dario Durigan.

As férias do ministro de Lula coincidem com o dia em que a Câmara dos Deputados deve votar a urgência do projeto que derruba o decreto presidencial que aumenta o IOF.

A expectativa é de que a urgência seja aprovada. Com isso, a votação do mérito do decreto será agilizada, sem passar por comissões e indo para apreciação direto no plenário.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/em-meio-a-crise-do-iof-haddad-entra-em-ferias

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