
O roubo do pobre dinheirinho dos aposentados do INSS através de descontos ilegais em seus pagamentos e desvio para o cofre dos sindicatos, um episódio sórdido demais até para os padrões do presidente Lula, tem tudo para acabar como em geral acabam os casos de corrupção dos governos do PT. Em primeiro lugar, Lula levou um tempo inexplicável para demitir o suspeito-estrela da ladroagem – o ministro Calos Lupi, da Previdência Social, criado neste governo justo para “cuidar do INSS”. Em seguida, nomeou para o cargo um sub-Lupi, que tem tudo para se sair ainda pior que o original. Antes e depois, já saiu contando a agressiva lorota de que não era culpa deles, pois a coisa já tinha começado nos governos Temer e Bolsonaro.
Acredite se quiser, foi isso mesmo: o PT, o “estamento intelectual” e a grande mídia chapa-branca que serve como departamento de propaganda do governo Lula, sustentam em público que roubar passa a ser lícito quando o roubo é feito pela “esquerda”, ou compreensível, ou desculpável. Só tem de ser reprovado quando tem impressão digital dos “adversários”. Pior: nos dois anos e pouco de governo Lula, o assalto aos aposentados do INSS simplesmente explodiu. Jamais se roubou alguma coisa com tanta voracidade, selvageria e falta de escrúpulo.
No Brasil ‘recivilizado’ de hoje, o irmão do presidente da República é suspeito de roubar vulneráveis e o governo finge que não aconteceu nada. Como a mídia não fala do caso, e menos ainda do irmão, o governo acha que não está acontecendo nada
Outro ponto marcante da reação de Lula ao escândalo foi a recusa do governo, vocalizada pelo ministro Haddad e outros feitores da chamada “área econômica”, de devolver o dinheiro roubado dos aposentados – roubo cometido com a responsabilidade direta do Estado, via INSS. É como se funcionários do Bradesco ou Itaú desviassem dinheiro da sua conta corrente, e a diretoria dos bancos dissesse que não tem nada a ver com isso. Já vieram até com um projeto de lei, claramente abjeto, estabelecendo que o dinheiro que os sindicatos roubaram deve ser pago pela população em geral.
Lula, até agora, não disse uma sílaba sobre a horrorosa constatação de que o seu próprio irmão, vulgo “Frei Chico”, está metido até o talo na roubalheira no INSS – um dos sindicatos do seu portfólio recebeu 550% a mais, agora, do que faturava cinco anos atrás com os descontos criminosos em cima dos aposentados. Seria a primeira questão a ser respondida por ele, mas até agora não foi: no Brasil “recivilizado” de hoje, o irmão do presidente da República é suspeito de roubar vulneráveis e o governo finge que não aconteceu nada. Como a mídia não fala do caso, e menos ainda do irmão, o governo acha que não está acontecendo nada; só um ajuste de rotina no ministério, não mais.
Não se ouviu, por outro lado, nem um pio dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino ou Barroso, dando 48 horas para Lula explicar que roubo no INSS é esse, e o que o seu irmão está fazendo nele. Não chamou a mínima atenção das autoridades repressoras também o caráter hediondo do crime. O dinheiro desviado para o bolso dos sindicalistas era tirado, de propósito, dos aposentados mais pobres, mais analfabetos, mais desprovidos de informações, mais isolados, porque estes eram os que tinham menos condições de perceber que estavam sendo roubados.
É um retrato perfeito desse regime de malfeitores que manda hoje no país e faz de conta que é uma “democracia” empenhada em luta heroica contra o “fascismo” – gente que queria dar um golpe com estilingues, bolas de gude e um batom, e não pode ter anistia pelos crimes que não cometerem.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/golpe-inss-roubar-velhinhos-governo-pt/
PF descobre novo esquema de fraude no INSS com uso de “pessoas fictícias” em MG

A Polícia Federal revelou nesta terça (6) um novo esquema de fraude do INSS que se utiliza de “pessoas fictícias” para receber benefícios assistenciais a idosos de baixa renda. A investigação levou à deflagração da Operação Egrégora, realizada em três cidades do estado de Minas Gerais e que levou a um desvio de R$ 11,5 milhões dos cofres da União.
Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão em Belo Horizonte, Contagem e Betim, ambas na região metropolitana da capital mineira.
Segundo a investigação, o grupo atuava criando “pessoas fictícias” através da falsificação de certidões de nascimento, documentos de identidade e comprovantes de residência para fraudar o INSS.
“A maioria das fraudes envolvia benefícios assistenciais para idosos de baixa renda. Dez idosos se passaram por 40 pessoas fictícias, e os fraudadores receberam valores indevidos por quase 20 anos”, disse a PF.
A autoridade afirma que os membros do grupo que poderão responder pelos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa. A operação, diz a PF, evitou ainda um prejuízo adicional de mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos.
A descoberta deste novo esquema ocorre quase duas semanas depois de uma operação revelar um grande esquema de descontos assistenciais indevidos de aposentados e pensões que pode passar de R$ 6 bilhões, e levou à demissão do ministro Carlos Lupi, da Previdência, e do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto – além de uma grave crise para o governo, que agora se vê em meio à instalação de uma CPMI no Congresso Nacional.
Além do esquema, que teve a participação de entidades assistenciais e a possível conivência e pagamento de propina a servidores do INSS, a investigação está avançando para empréstimos consignados que teriam sido contratados irregularmente.
Por outro lado, o governo corre para elaborar um plano de ressarcimento dos milhões de aposentados e pensionistas vítimas das fraudes dos descontos associativos, e uma nova reunião para definir como o dinheiro será devolvido será realizada nesta terça (6) entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz; o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior; o ministro Vinícius de Carvalho, da Controladoria-Geral da União (CGU), entre outros.
Há a expectativa, segundo Waller Júnior, de que o montante bloqueado em bens das entidades não seja suficiente para ressarcir os aposentados e pensionistas, com a possibilidade de que o Tesouro tenha que arcar com parte destes custos.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/economia/pf-novo-esquema-fraude-inss-uso-de-pessoas-ficticias-mg/

Força-tarefa apura ilegalidades em montante de R$ 90 bi em consignados do INSS
A força-tarefa que apura fraudes no INSS está avançando para uma nova frente de investigação: empréstimos suspeitos que devem ser investigados dentro dos quase R$ 90 bilhões em consignados liberados apenas no ano de 2023. Segundo auditoria do TCU, só naquele ano foram registradas 35 mil reclamações de empréstimos indevidamente liberados, muitas vezes sem qualquer solicitação dos aposentados.
O volume das movimentações a serem investigadas é alarmante — R$ 89,5 bilhões liberados no ano, o que pode revelar um valor em fraudes muito superior aos R$ 6 bilhões do escândalo envolvendo associações fraudulentas. Especialistas apontam que refinanciamentos não autorizados são comuns e driblam os mecanismos de controle, mesmo com o uso de biometria. A nova fase da investigação envolve órgãos como a Dataprev e pode revelar prejuízos bilionários.
CPMI do INSS: Oposição consegue assinaturas para investigar fraude
A oposição obteve o número mínimo de assinaturas — 171 deputados e 27 senadores — para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) com o objetivo de investigar um esquema bilionário de descontos irregulares em aposentadorias e pensões pagos pelo INSS. As suspeitas surgiram a partir de investigações da Polícia Federal, que apontam que mais de seis milhões de beneficiários podem ter sido afetados, com desvios que podem chegar a R$ 6,5 bilhões.
O pedido da CPMI será formalmente protocolado nesta segunda-feira (5). A articulação foi anunciada pelas parlamentares Coronel Fernanda (PL-MT) e Damares Alves (Republicanos-DF), que comemoraram a conquista e destacaram que a CPMI buscará “apurar responsabilidades, cobrar justiça e garantir que esse dinheiro volte para quem realmente precisa.”
Paralelamente, a oposição também tenta abrir uma CPI exclusiva na Câmara, já protocolada pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), com 185 assinaturas. No entanto, o regimento da Câmara permite apenas cinco CPIs simultâneas, e há 12 pedidos anteriores na fila, o que dificulta a abertura imediata.
Governo Lula articula para barrar CPMI do INSS
O governo Lula está mobilizando uma estratégia para impedir a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que visa investigar suspeitas de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo informações da coluna de Lauro Jardim, publicada em 5 de maio de 2025, o Palácio do Planalto está atuando para desmobilizar o apoio parlamentar à CPMI, que já conta com as assinaturas necessárias para sua criação.
A estratégia inclui articulações políticas para convencer parlamentares a retirarem suas assinaturas do requerimento da CPMI, além de negociações com líderes partidários para evitar que o pedido seja lido em sessão do Congresso Nacional, o que é necessário para a instalação da comissão. O governo também está oferecendo cargos no segundo escalão e outras concessões políticas como forma de barganha para desarticular o movimento pela CPMI.
A preocupação do governo é que a CPMI possa gerar desgaste político e afetar a imagem da gestão Lula, especialmente em um momento em que o Executivo busca aprovar pautas importantes no Congresso, como a reforma tributária e a nova âncora fiscal
Após escândalo no INSS, Lula troca ministro e nomeia Wolney Queiroz
O presidente Lula convidou Wolney Queiroz para assumir o Ministério da Previdência Social após a demissão de Carlos Lupi, motivada pelo escândalo de fraudes no INSS que podem ter causado prejuízo de R$ 6,3 bilhões a aposentados e pensionistas. Wolney, atual secretário-executivo da pasta, já estava ciente das denúncias desde 2023, quando participou de reunião com alertas sobre as irregularidades.
As investigações da Polícia Federal e da CGU apontam que associações fraudaram descontos em benefícios do INSS com assinaturas falsas e cadastros sem autorização, esquema iniciado ainda em 2019. A operação resultou no afastamento de servidores públicos, prisão de suspeitos, apreensão de bens de luxo, e revelou como figura central o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”.
Aposentados rurais foram 67% das vítimas da fraude do INSS
A auditoria da CGU apontou que aposentados do setor rural foram os mais atingidos por descontos indevidos em benefícios do INSS, representando 67% das cobranças associativas. A vulnerabilidade dessa população — com pouco acesso à internet e residindo em áreas remotas — facilitou a ação de associações fraudulentas.
O esquema fraudulento levou à queda do ministro Carlos Lupi, substituído por Wolney Queiroz, e à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. O novo presidente será Gilberto Waller Júnior, corregedor da PGF.
De 2019 a 2024, os descontos indevidos somaram R$ 4,28 bilhões, podendo chegar a quase R$ 8 bilhões desde 2016. Municípios do interior do Nordeste, especialmente no Maranhão e Piauí, concentram os maiores índices de vítimas, com até 60% dos aposentados afetados. A digitalização acelerada dos pedidos de desconto fez o número de associações conveniadas ao INSS saltar de 15 (em 2021) para 33 (em 2024). O governo Lula atribui a maioria dos convênios a gestões anteriores, mas reconhece que o valor dos descontos triplicou nos últimos dois anos.
Repasses do Ministério do Trabalho a ONGs sob suspeita
O Ministério do Trabalho aumentou de R$ 25 milhões, em 2022, para R$ 132 milhões, em 2023, os repasses a ONGs por meio de convênios e parcerias, grande parte por emendas parlamentares. Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, quatro das dez entidades mais beneficiadas têm ligação com sindicatos, entre elas a Unisol, criada com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, base política do ministro Luiz Marinho (PT). A Unisol recebeu R$ 17,6 milhões, a maior parte para ações em terras indígenas em Roraima. O Instituto de Políticas Públicas Brasil Digital, com R$ 36,1 milhões, lidera os repasses, mas teve contratos suspensos após suspeitas de conluio e prejuízo ao erário. Outras entidades também estão sob investigação ou impedidas de firmar novos acordos. A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou falhas nos controles do ministério, que afirma seguir a legislação e aguarda novos pareceres para decidir medidas.
Bolsonaro recebe alta e diz que tentará comparecer à Marcha pela Anistia
Após 22 dias internado para tratar uma obstrução intestinal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta neste domingo (4) do hospital DF Star, em Brasília. Na saída, emocionado, Bolsonaro foi recebido por apoiadores, agradeceu os presentes e voltou a defender anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro, citando casos como o de Débora Rodrigues, presa por 14 anos. Ele também fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes e à condução das investigações.
Apesar de ter anunciado que seu “próximo desafio” seria acompanhar a Marcha Pacífica pela Anistia Humanitária nesta quarta-feira (7), médicos o orientaram a evitar aglomerações e manter-se recluso por pelo menos um mês. O ex-presidente disse que tentará comparecer “se a saúde permitir”.
Projeto de Novo Código Civil gera polêmica e debate sobre mudanças radicalmente impostas
O Projeto de Lei nº 4 de 2025, que propõe um novo Código Civil, tem gerado grande polêmica entre especialistas e entidades jurídicas. Apresentado em 2024 pelo senador Rodrigo Pacheco, o texto altera questões fundamentais como a paternidade, a responsabilização das plataformas de internet e os direitos sobre a maternidade por aluguel. Entre os pontos mais controversos estão a revogação do artigo do Marco Civil da Internet, a presunção automática de paternidade e a regulação do uso do útero de aluguel, que pode gerar a mercantilização da gestação. Além disso, o projeto redefine a estrutura da família, permitindo a multiparentalidade e alterando a definição de casamento para “duas pessoas”. A proposta também concede maior poder aos cartórios, impactando a segurança jurídica. Com críticas à falta de um debate público mais amplo, o projeto segue em tramitação acelerada no Senado.
O programa Entrelinhas vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 15h, no canal do YouTube da Gazeta do Povo. Com apresentação de Mariana Braga e Frederico Junkler, o Entrelinhas analisa os bastidores e os desdobramentos do cenário político no Brasil.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/entrelinhas/forca-tarefa-apura-r-90-bi-em-consignados-ilegais-do-inss/?ref=veja-tambem

O Brasil dos sem caráter: dos gabinetes ao porta-luvas

Duas mortes. Mais duas. Insisto nisso porque é preciso que a saúde pública investigue o que está acontecendo.
Uma das vítimas foi uma atriz do SBT, uma menina de 11 anos chamada Milena Brandão. De repente, o coração parou. A outra foi uma cadete do quarto ano da Intendência — ou seja, se formaria este ano como aspirante a oficial —, Yasmin Cristina Guimarães Fideres. Estava em aula de Educação Física. Tinha 23 anos. O coração também parou.
Isso está acontecendo com jovens, com atletas, com pessoas em perfeita saúde. Essa cadete, por exemplo, estava sempre sob observação médica, realizando exames e provas. Qualquer desvio na saúde teria sido detectado. O que está acontecendo? É preciso nos informarmos, de fato, sobre o que está ocorrendo.
O escândalo que saiu de Mato Grosso e chegou ao Supremo
E não tem como não voltar a um outro assunto — no mínimo, pitoresco. Será que cabem no porta-luvas de um carro R$ 30 mil em dinheiro vivo? Será que cabe mesmo? Porque é um volume muito grande. Pode ser um carro grande. Era um Jeep Cherokee. Se for o modelo americano, um Grand Cherokee, vá lá… Mas parece que era apenas o Cherokee. E o dinheiro estava no porta-luvas, de um desembargador de Mato Grosso. A Polícia Federal encontrou o valor em outubro. Agora, o caso chegou ao Supremo Tribunal Federal.
Há outros três afastados, além dele. E ainda um conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso. Só para sabermos o que essas pessoas andam fazendo. Neste país de população passiva, eles fazem isso na nossa cara. Eles são nossos servidores. Estão lá para servir ao público. São funcionários do povo, pagos com o dinheiro dos nossos impostos.
Pagamos impostos, diretos ou indiretos, em tudo o que compramos, para que o Estado brasileiro nos preste bons serviços nos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. No entanto, essas coisas continuam acontecendo. E parece que não se preocupam nem um pouco com isso. Faltou pai, mãe, faltou avô para dar caráter a essas pessoas. Isso é falta de caráter. A pessoa cede às tentações e se entrega a elas.
Fico admirado. Conheço muitos amigos advogados. Advogado ganha muito dinheiro. Aí o sujeito abre mão da advocacia para ser juiz e ganhar menos. Deve estar mal-intencionado. Deve estar fazendo essas coisas. Fica aqui o registro. Esse tipo de crime deveria ter pena tripla ou quíntupla. Afinal, há pena de 14 anos para quem escreve uma frase com batom na estátua da Justiça. Se formos guardar a proporcionalidade, um juiz que vende uma sentença deveria pegar mil anos, não é?
Empréstimos fantasma e o silêncio do Estado
E agora, outra questão que estamos descobrindo — foi denunciada na GloboNews ontem: R$ 90 bilhões em empréstimos consignados foram concedidos sem solicitação das pessoas. São 35 mil reclamações. Há uma auditoria em curso no Tribunal de Contas da União. O caso envolve funcionários de carreira da Previdência e do Dataprev.
A pessoa não pediu o empréstimo e, mesmo assim, o valor está sendo descontado em folha, como consignado. Isso também é culpa nossa. Culpa do nosso voto. Culpa da nossa passividade.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/o-brasil-sem-carater-gabinetes-porta-luvas/

A farra do roubo contra os aposentados

A corrupção voltou forte e sem constrangimentos no Governo Lula, como revelado no escândalo dos cerca de R$ 6 bilhões descontados fraudulentamente dos aposentados e pensionistas do INSS para serem direcionados a sindicatos e associações.
O governo Lula propiciou o ambiente ideal para o roubo com o aparelhamento da máquina pública e a vilanização e intimidação de policiais e agentes da lei. O STF também não ajudou ao anular, de forma controversa, dezenas de condenações por corrupção da Lava Jato, fortalecendo a percepção de impunidade.
Aumentaram as oportunidades e os riscos diminuíram — a receita ideal para os crimes.
As peças tornadas públicas da investigação retratam um escândalo. Reporto-me aqui aos dados de relatório da CGU de setembro de 2024.
Os descontos fraudulentos saltaram exponencialmente durante o governo Lula: foram de R$ 706 milhões em 2022 a R$ 1,3 bilhão em 2023, sendo estimados descontos de R$ 2,6 bilhões em 2024. É verdade, portanto, que os descontos fraudulentos teriam sido iniciados antes do governo Lula, mas foi o aumento abrupto na gestão petista que chamou a atenção das autoridades e motivou as investigações.
Houve salto também exponencial, durante os anos de 2023 e 2024, do número de solicitações provenientes de aposentados para interrupção dos descontos. De cerca de 19 mil em janeiro de 2023, esse número chegou a 192 mil em abril de 2024.
A CGU entrevistou, por amostragem, 1.273 pessoas que tiveram seus benefícios descontados. Destes, “1.242 (97,6%) informaram não ter autorizado o desconto, e 1.221 afirmaram não participar de associação (95,9%)”, o que confirma as fraudes.
Um problema consiste na vulnerabilidade das vítimas. Dos entrevistados, 922, ou seja, 72,4%, sequer tinham conhecimento de que o seu benefício vinha sofrendo descontos.
Atualmente, aposentados e pensionistas não mais recebem, em papel, o extrato ou comprovante do pagamento do benefício, e uma grande parte não sabe ou tem dificuldade de acessar o site ou aplicativo do INSS que permite visualizar o valor pago e os descontos efetuados.
Mesmo alertado já em 2023, o Ministério da Previdência e o INSS nada ou pouco fizeram para elevar o nível de controle ou para impedir os descontos indevidos.
A fragilidade dos controles do INSS, a omissão da cúpula do INSS e do Ministério da Previdência, e a vulnerabilidade das vítimas quase permitiram um crime perfeito — uma verdadeira farra do roubo dos aposentados do INSS.
No entanto, a cobiça dos envolvidos levou à proliferação e ampliação do roubo e não permitiu que os crimes ficassem encobertos por mais tempo. Os dados escandalosos provocaram a ação da CGU e da PF, em uma iniciativa de rara surpresa durante este governo.
Tardiamente, o governo Lula demitiu o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, mas assim agiu apenas depois dele ter sido afastado por decisão da Justiça Federal. Uma semana depois, foi a vez de Carlos Lupi, o ministro da Previdência, ser substituído por Wolney Queiroz, que ocupava, durante a prática das fraudes, o cargo de secretário-executivo da pasta.
Surgiram ainda, nas investigações, indícios de pagamentos de subornos milionários, de cerca de R$ 17 milhões, a familiares de funcionários do alto escalão do INSS, que teriam por origem remota os descontos fraudulentos.
Como se o escândalo não fosse suficiente para o governo Lula, dois fatos chamaram a atenção após a realização das buscas e apreensões pela Polícia Federal: um irmão de Lula, o Frei Chico, é diretor de uma das entidades sindicais beneficiadas pela fraude; e o filho do atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, defende, junto ao Governo Federal, duas das entidades suspeitas pela fraude.
Apresentei requerimento para ouvir o novo ministro da Previdência na Comissão de Fiscalização do Senado e apoiei requerimento para instalação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, para que os fatos sejam apurados com rigor e profundidade.
A corrupção já conhecida nos governos anteriores do PT voltou na sua forma mais cruel — desta vez para, em verdadeira farra, roubar as aposentadorias e pensões dos mais humildes.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/sergio-moro/farra-roubo-contra-aposentados/
Tudo junto e misturado: Operador de entidade envolvida na farra do INSS é sócio de banco digital

O suposto operador da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) no esquema de fraudes do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Cícero Marcelino, surpreendentemente é também sócio-administrador do banco digital Terra Bank.
O foco do Terra Bank são os produtores e empreendedores rurais, e o início de suas atividades se deu durante a 87ª edição da ExpoZebu, em Uberaba (MG), em maio de 2022.
O site do Terra Bank diz o seguinte:
“O Terra Bank é uma instituição financeira voltada para o agronegócio, que oferece serviços de pagamentos e recebimentos através de conta de pagamento digital, projetada para oferecer um serviço eficiente, simples e sem tarifas abusivas”.
Para “enrolar” os velhinhos, Governo inventa “pente-fino” no INSS (veja o vídeo)

O governo acaba de inventar um ‘pente-fino’ no INSS, para supostamente filtrar quem, de fato, foi afetado pelo esquema criminoso.
O objetivo, segundo integrantes do Palácio do Planalto, seria evitar que pessoas que não foram atingidas pelas fraudes recebam o dinheiro que deve ser devolvido.
Isso cheira a enrolação, prática comum no PT. Quem foi lesado, não tem condições de esperar.
Diz o governo que o plano de ressarcimento deve ser sair na próxima semana.
Por enquanto, não apareceu nenhum ministros do STF para dar 48 de prazo para que esse plano seja efetivamente apresentado.
Caio Junqueira, na CNN, elucida a questão. Ele diz que o roubo no INSS colocou o governo Lula em um buraco que não sabe como sair e, se sair, ficará pior do que quando entrou. E afirma o seguinte:
“Governo não sabe ainda como ressarcir e muito menos de onde virão os recursos para as vítimas do INSS.”
Veja o vídeo:
https://x.com/i/status/1919719229890208190
Congresso cogita fazer PDT ressarcir roubo aos aposentados com Fundo Eleitoral

Reuniões reservadas no Congresso discutem uma virada histórica no combate à corrupção: responsabilizar os partidos pelos desfalques causados por seus prepostos em órgãos públicos, como no caso do Ministério da Previdência, entregue por Lula (PT) ao PDT “de porteira fechada”. A ideia é bloquear os fundões eleitoral e partidário, sem prejuízo de ações penais, até o ressarcimento total. Para não perder a “galinha dos ovos de ouro”, o PDT ameaçou até romper com Lula, que cedeu e trocou Carlos Lupi por Wolney Queiroz. Seis por meia dúzia.
Um pelo outro…
O novo ministro da Previdência também é suspeito de omissão, no caso do roubo aos aposentados. Além de ser alguém obediente a Lupi.
Precedente
O TSE de Alexandre de Moraes tirou R$22 milhões dos fundos do PL para pagar multa. Fundos também podem ressarcir vítimas do roubo.
Roubou, devolveu
O ressarcimento seria ao INSS, que devolveria aos aposentados o dinheiro que lhes foi roubado durante a gestão de prepostos do PDT.
Fundões milionários
O PDT pode não dispor de tudo a ser devolvido, mas seus “fundões” ajudariam muito: só em 2026, terá R$252 milhões do Fundo Eleitoral.
Roubo no INSS: Deputado pede impeachment de Lula por ‘aparelhamento criminoso do Estado’

O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) apresentou nesta quarta-feira (6) um pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT). O parlamentar vê crime de reponsabilidade do petista no caso das fraudes do INSS, destacando “o aparelhamento criminoso do Estado e desrespeito absoluto aos princípios da administração pública.”
O esquema bilionário movimentou pelo menos R$6,3 bilhões, de acordo com a Polícia Federal. Além de servidores do próprio INSS, sindicatos e associações aparecem enrolados no esquema.
Um dos sindicatos que foi alvo da batida da PF, o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), tem como dirigente José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, e irmão do presidente Lula.
“A omissão de Lula diante de um esquema criminoso liderado por seu próprio irmão é mais que cúmplice: é criminosa. O Brasil não pode continuar refém de um projeto de poder sustentado por sindicatos, apadrinhados e impunidade. É hora de dar um basta”, afirmou o deputado.
O pedido solicita o afastamento imediato de Lula, seu julgamento pelo Senado Federal e a suspensão dos direitos políticos por oito anos.
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